23 agosto 2007

"Antevisão - 2ª Nacional Série C"

Penalva e Nelas, os habituais. Sátão, a estreia...Domingo vão entrar em acção, em termos competitivos e federados, as equipas que disputam o Campeonato Nacional da 2.ª Divisão. A Associação de Futebol de Viseu tem três representantes na prova, com um deles a fazer a sua estreia absoluta naquele escalão, precisamente, a Associação Desportiva de Sátão que, diga-se, constitui até a surpresa para a época, dado que na temporada anterior tinha encarado a sua participação apenas com objectivos de manutenção, tal a fragilidade da sua situação financeira.
Contudo, os jogadores ultrapassaram tudo isso e dando um exemplo de “profissionalismo” e de dedicação acabaram por premiar a vila de Sátão com um segundo lugar na Série C e, com ele, a subida a um patamar maior, o que deixou todo o concelho satense em grande alegria.
Quanto às duas restantes equipas, o Sport Lisboa e Nelas, um conjunto que entrou na 2.ª Divisão Nacional há três épocas atrás, quer voltar a fazer figura na prova, não excluindo a possibilidade de subida à Liga de Honra, actualmente designada de “Liga Vitalis”, empresa que patrocina aquele escalão do futebol profissional português. Na época passada, os nelenses conseguiram o brilhante 3.º lugar na Série C, deixando atrás de si equipas com “currículo” bem mais elevado, como por exemplo o Sporting da Covilhã, entre outros. Para esta época, e tendo em conta o plantel que possui, as ambições não são menores, embora alguns dos resultados não tenham correspondido às exibições da equipa.
No entanto, nos últimos dias tem mostrado bastante evolução e o facto de ter vencido, com vitórias sobre o Académico de Viseu (2-1) e sobre o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (3-1), o Torneio “Nelas, Coração do Dão”, é a prova de que a turma orientada por Mazola pode entrar na prova com grandes expectativas de chegar longe.

Penalva do Castelo conta com Sanussi e João Aurélio

No que diz respeito ao Sport Clube de Penalva do Castelo, apesar de os resultados não terem convencido muito os que só pensam nas vitórias e esquecem as prestações das equipas, pelo que nos foi dado observar nos jogos de preparação, o clube pode voltar a atingir uma boa posição no Campeonato Nacional da 2.ª Divisão. Como se sabe, os resultados dos jogos da pré–época não são levados muito a sério pelos técnicos das equipas, já que eles servem mais para tirar ilações e para rectificar lacunas, para que não aconteçam quando os embates são a “doer”. Ficou-nos na retina o último jogo do Penalva do Castelo, em casa, frente ao Covilhã em que os penalvenses perderam por 2-0, mas em que a exibição do conjunto de Carlos Agostinho esteve a bom nível e só não empataram ou passaram para a frente no marcador, porque a sorte nada quis com o Penalva, a que acresce que os serranos tiveram na baliza o internacional Igor Araújo, que fez defesas “do outro mundo”, evitando assim que a sua baliza fosse violada.
Deste modo, pensamos que as equipas da região podem vir a fazer um bom campeonato, pois até a Associação Desportiva de Sátão já demonstrou que tem gente capaz de poder surpreender qualquer adversário, quer em casa ou fora dela.
No próximo domingo, o Nelas vai até Ponte de Sôr e não nos parece que se deixe electrocutar pelo Eléctrico. Estamos convencidos de que os nelenses podem regressar com os três pontos.
Por sua vez, a Desportiva de Sátão desloca-se a Abrantes, adversário experiente nestas andanças, mas não nos admiraria que a equipa conduzida por Jorge Paiva cometesse a surpresa de fazer a viagem de regresso em festa. Das três equipas da região só o Penalva do Castelo joga em casa, recebendo o Oliveira do Bairro. Não é por isso que os penalvenses têm a tarefa mais facilitada, porque é sabido que hoje o factor casa, grande parte das vezes, tem efeitos perversos, já que o nervosismo atinge um pouco mais os jogadores locais porque lhes pesa mais a responsabilidade de vencer no seu reduto e logo no primeiro jogo. No entanto, julgamos que a turma de Carlos Agostinho estará já “avisada” para esse pormenor, com o técnico a “aliviar-lhes” essa obrigação.

C.C. (Diário de Viseu)

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