30 outubro 2007

"Paulo Pires defende que não agrediu"

Nuno Ventura (ao centro) terá sido "cabeceado" por Paulo Pires

O futebol nem sempre é isento, infelizmente, de situações menos agradáveis e lamentáveis. No passado domingo, em Vila Nova de Paiva, um desses acontecimentos pode colocar o Paivense e o jogador Paulo Pires em muito maus lençóis.
Agressão ou simples encosto de cabeça?! É esta a pergunta do momento no futebol distrital viseense perante o sucedido no Campo da Pedralva, em que o árbitro Nuno Ventura terá sido agredido pelo capitão do Sport Clube Paivense, Paulo Pires, já nos minutos finais do encontro.
Tudo aconteceu depois de o árbitro ter admoestado o atleta da casa com cartão vermelho, facto que não agradou ao jogador e este, numa atitude irreflectida, encostou a cabeça à do árbitro da partida. A intensidade do contacto, naturalmente, não pode ser calculada, mas o que é relevante é o gesto e esse é condenado pela própria equipa.
Em sequência disso, e de alguma confusão que se instalou no relvado, o árbitro foi assistido no banco de suplentes do Sampedrense, com ferimento no sobrolho.
Ao que apurámos junto de João Caiado, presidente do Conselho de Arbitragem, o árbitro Nuno Ventura teve mesmo de se deslocar ao hospital para receber assistência médica. Para o dirigente também não restam dúvidas do sucedido: “Ele [Nuno Ventura] foi agredido com uma cabeçada pelo jogador em causa depois de lhe ter mostrado cartão vermelho. O Conselho de Disciplina da AF Viseu, perante isto, irá debruçar-se sobre o assunto e tomar as diligências que achar necessárias”.

Clube e jogador recusam hipótese de agressão

Para Nuno Coutinho, presidente do SC Paivense, “não houve qualquer agressão”. O dirigente afirma, peremptoriamente, que houve apenas “um encostar de cabeça do jogador para com o árbitro e que não é suficiente para todo o filme que se fez à volta disso. A reacção do jogador acaba por ser normal depois do que ouviu da boca do árbitro. É claro que o jogador tem culpa, mas como também o árbitro tem, já que o futebol é um jogo de emoções, que aqui não foram controladas pelos dois intervenientes. Sabemos que há regras e as mesmas não foram cumpridas, pelo que assumiremos todas as consequências. No entanto, é prematuro falarmos sobre isso e esperaremos para ver aquilo que o árbitro escreverá no seu relatório”. Apesar de tudo, Nuno Coutinho lamenta o sucedido e pede desculpas, em nome do clube, ao árbitro e à Associação de Futebol de Viseu.
Já o jogador em causa, Paulo Pires, capitão do Paivense, refuta por completo a ideia de agressão. “Eu tive um acto irreflectido, admito, e fui bem expulso, mas apenas me encostei ligeiramente ao árbitro e nunca seria o suficiente para lhe fazer qualquer mal, mas peço-lhe desculpa. Não fui correcto mas esse meu acto nada tem a ver com violência. Contudo, também lamento que o árbitro, de quem até sempre tive boa impressão, me tenha insultado com palavras pouco dignas”.

Árbitro não comenta

Como é natural, tentámos falar com Nuno Ventura, mas este, conforme nos explicou, não pôde adiantar pormenores sobre o caso. “Este é um assunto que faz parte do meu relatório e não me posso pronunciar sobre factos ligados a ele”.Por outro prisma, José Gomes, presidente da União Desportiva Sampedrense, a outra equipa presente no jogo, explicou-nos o seu entendimento de toda a questão: “A Sampedrense não tem propriamente a ver com esta situação mas acaba por também sair lesada já que o jogo, ao que parece, não foi terminado. O que se passou foi que o Paulo Pires reagiu mal a um lance, viu o primeiro amarelo e depois de insistir nos protestos viu o vermelho directo. A reacção foi aquela que vocês já transmitiram, ou seja, o jogador deu uma cabeçada no árbitro, disso não tenho dúvidas, tanto que ele [Nuno Ventura] teve de ser assistido no nosso banco de suplentes, com gelo no sobrolho”.
Foto: Arquivo VFM (Jogo Tondela - Naval 1º de Maio; Agosto de 2007)

11 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Deixo uma sugestão: Aproveitem esta e outras oportunidades para matar os paivenses do futebol distrital. Clubes que sem dinheiro conseguem muitas vezes humilhar os ditos ricos (mas mancos), monstros desta mesma distrital....
A NÒS PAIVENSES, fica-nos a consciência tranquila e imaculada, para alem do orgulho de com bem menos armas conseguirmos ser melhores, já a VÒS MAFIOSOS ficam as vitórias sempre confundidas com a desconfiança, com a vergonha.
Já quanto ao presidente da Sampedrense e perante a "dignidade" deste, desejo-lhe as maiores felicidades para o resto do campeonato, e felicito-o pelos 3 pontos conquistados em Vila Nova de Paiva.

30/10/07  
Anonymous Anónimo disse...

Força Paivense, Força Paulo Pires...

30/10/07  
Anonymous Anónimo disse...

O árbitro é um dos muitos intervenientes do espéctaculo e tem que ser respeitado como tal, apesar de por vezes as suas decisões não serem do agrado dos jogadores dirigentes etc.
Mas já agora deixo aqui uma proposta aos treinador dos diversos clubes... 1 vez por semana por um dos jogadores apitar um jogo de conjunto no treino e ver no que dá... Tanto em termos do jogador como dos colegas... Secalhar fica sem plantel porque ainda se pegam uns com os outros, mas secalhar vão perceber o dificil que é ser árbitro.

30/10/07  
Anonymous Anónimo disse...

O capitão do SC Paivense, como pude constatar no domingo não agrediu o arbitro, uma reacção normal ao fim de ter sido mal tratado, é lamentavel alguns comentarios de pessoas de cargos importantes nos clubes. Os jogos ganham-se no campo e nao na secretaria. Sem mais.

31/10/07  
Anonymous Anónimo disse...

Não houve agressão em Vila Nova de Paiva, o problema é que o SC Paivense assusta muita gente e é um Clube exemplar a nível distrital, 100 % dos jogadores sairam das suas Escolas. Como é possível? Mas é verdade isso custa a muita gente, esse árbitro equivocou-se e vai ter de se explicar.

2/11/07  
Anonymous Anónimo disse...

mais um santo que vai para o altar..
Quem?
o Capitão Paulo Pires...
incrível..

2/11/07  
Anonymous Anónimo disse...

Julguei que havia alguma dignidade no futebol mas ao que parece, por apenas 3 pontos consegue-se descer a um nivel tão baixo que, ficam do lado daqueles que são aventureiros, o nome assim o diz. Como dentro de campo não se consegue ganhar os 3 pontos tenta-se na secretaria, nem que para isso seja preciso levantar falsidades...mas o futebol é assim mesmo.

3/11/07  
Anonymous Anónimo disse...

A todos os leitores peço que façam a sequinte experiência.
- Apliquem gelo no sobrolho memo que não tenham nada (caso do senhor árbito nuno ventuta), durante alguns minutos....e vejam o resultado...
- Possivelmente ficarão com essa zona ligeiramente avermelhada!?
- se não sabem o gelo quando aplicado directamente e durante muito tempo poderá levar a queimaduras mt graves, por isso peço que apliquem o gelo, mas não directamente como eu obervei no estádio do Paivense. sim eu sei que foi pouco tempo mas....

3/11/07  
Anonymous Anónimo disse...

Pelo que sei das regras do futebol, um árbito não pode ser chamado filho da mãe para não dizer filho da ...mas no estádio do paivense, onde estive, assisti ao senhor nuno ventura a dizer ao jogador, capitão da equipa do Paivense estas fo....filho da...será que esses senhores que lhe poêm um apito o podem fazer?fica esta questão?agradecia uma resposta...
assisti um jogador a confrontar os bandeirinhas com tal situação, e eles apenas responderam tanto um como outro - fui eu... no meu entender até eles ficarm um pouco aborrecidos com tal facto...

3/11/07  
Anonymous Anónimo disse...

Sendo eu um amante do futebol e também desempenhar fuções na área da saúde fico um pouco triste ao saber que o senhor nuno ventura foi ao hospital pedir assistência médica por tal situação...já que uma urgência pelo que sei é para situações emergentes e urgentes...
Pobres daqueles que estiveram a espera para serem atendidos, estes sim casos urgentes...
Sim , nós profissionais de saúde estamos lá para atender todo o cidadão e fazemo-lo com todo gosto mas é por esta e por outras que as urgências estão sempre a abarrotar....

3/11/07  
Anonymous Anónimo disse...

Gostei de ouvir o discurso do Presidente da Sampredrense no Programa "Prolongamento" da Radio Lafões.Como é que é possivel ele nos jornais afirmar que foi agressão e na Radio dizer que foi um encosto e que não sabe precisar a intensidade.Para além disso, no final do jogo esteve a falar com o árbitro no balneário e afirmou ver o nuno ventura (está a minúscula prepositadamente) em perfeitas condições físicas.Ora digam lá se uma cabeçada bem dada no sobreolho como o nuno ventura afirma, não teria deixado marcas visíveis.Penso que este filme tem apenas uma intenção prejudicar o Sport Club Paivense, já que o jogador não depende do futebol para sobreviver.Para além disso, estava uma ambulância na Pedralva para qualquer eventualidade.Se calhar foi um dos seus auxiliares que na viagem de regresso lhe deu uma cabeçada pela figura triste que fez em Vila Nova de Paiva.

4/11/07  

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