"Paivense indignado"

Nuno Coutinho, presidente do SC Paivense

O Conselho de Disciplina da Associação de Futebol de Viseu, depois de avaliar o processo relativo ao jogo entre Paivense e Sampedrense, a contar para a Divisão de Honra, deliberou a suspensão por nove meses de Paulo Pires, jogador que alegadamente terá agredido o árbitro Nuno Ventura na mesma partida, uma multa ao clube de Vila Nova de Paiva no valor de 350 euros e ainda a derrota desta equipa no referido jogo. Medidas que, naturalmente, não agradam a jogador e clube, que se mostraram extremamente indignados. O presidente Nuno Coutinho afirmou mesmo que “a verdade foi falseada. Ainda estamos à espera da notificação mas as deliberações não são correctas quanto aos factos que se sucederam no encontro. Foi falseada a verdade. Eu estava no campo, vi o que se passou, toda a defesa foi feita, tínhamos testemunhas, a Associação demorou 90 dias para decidir e fê-lo mal, porque esta decisão não é correcta e é injusta. Parece que só as pessoas da Associação é que são honestas porque tudo o que os outros disserem é mentira. No meu entender havia matéria mais do que suficiente para que a decisão não fosse esta e a derrota no jogo é inadmissível pois o resultado nunca esteve em causa”.
O presidente do Sport Clube Paivense, Nuno Coutinho, aproveitou ainda para enviar um recado. “Podem querer pôr-nos o pé em cima, mas não é isto que nos vai abater”.

Paulo Pires diz-se “não surpreendido”

Contactado por nós, o jogador em causa, Paulo Pires, sabendo da suspensão de nove meses, explicou de forma irónica não estar surpreendido com esta decisão. “Não me surpreende nada esta medida e só vem confirmar aquilo que pensava da Associação de Futebol de Viseu. Demoraram muito tempo e infelizmente parece que mesmo assim não descobriram a verdade”.
O jogador referiu ainda acreditar na existência de um “sistema” no futebol viseense. “Eu não vou ser castigado pelo meu acto mas sim pelo sistema. A Sampedrense é uma equipa com mais nome, anda lá por cima e nós andamos mais por baixo, mas com muita dignidade e humildade. O senhor árbitro [Nuno Ventura] escreveu aquilo que lhe apeteceu, e que é mentira. Já deu para vermos que o Paivense é um alvo a abater e eu apercebi-me muito cedo de que a verdade desportiva não existe, ao contrário do que eles [Associação] dizem […] Eles que não me venham dar lições de humildade”.

Injustiçados. É assim que tanto o presidente como o jogador do Paivense se sentem após as deliberações do Conselho de Disciplina da AF Viseu, num ‘caso’ que provoca a derrota desta equipa no encontro em casa frente à Sampedrense.