20 março 2008

"Antevisão 3ª Nacional"

Tondela e Social podem dar uma ajudinha ao AcadémicoA vigésima sexta e última jornada da 3ª Divisão Nacional disputa-se em época santa, de Páscoa, mas só depois dos jogos é que veremos se as equipas do distrito de Viseu terão direito às ‘amêndoas’.
Falta apenas uma jornada para o final da fase regular (primeira fase) da 3ª Divisão Nacional e para as equipas do distrito de Viseu já não há nada a fazer quanto à fase que irão disputar a partir da próxima semana. O Académico de Viseu irá lutar pela subida enquanto Tondela e Social de Lamas decidem na última jornada se ficam juntos ou separados na fase das sub-séries.
Avizinha-se complicada esta ronda (disputa-se no sábado às 15 horas) para tondelenses e castrenses. O conjunto de João Bento desloca-se a casa do líder Arouca enquanto o Social de Lamas de Zé Tó recebe a Sanjoanense (3º classificado). Isto depois das equipas da nossa região se terem “suicidado” no dérbi ao empatarem a zero. Dessa forma, ambas ficaram arredadas da luta pela última vaga no lote dos seis primeiros, entregue agora à feroz luta entre Valecambrense e Oliveira do Hospital.
Assim, resta lutar por conquistar o maior número de pontos possível e esperar que a classificação final seja num lugar ‘par’ (os 8º, 10º, 12º e 14º serão agrupados na mesma sub-série) já que é aí que estarão os Dragões Sandinenses, adversário mais do que à altura para qualquer das equipas na Série C da 3ª Divisão.
Por outro lado, o Académico de Viseu poderá ter uma boa oportunidade para terminar a primeira fase na liderança da tabela. Para isso é preciso vencer o União de Lamas em casa e esperar que o Tondela force o Arouca ao empate ou à derrota.

“Novos regulamentos em cima do joelho”

Com o empate em Tondela, a equipa treinada por Zé Tó teve de esquecer o sexto lugar apesar de tudo terem feito, como nos diz o técnico, para chegar à vitória. “Foi um jogo com duas partes distintas. Nós na primeira parte tivemos o domínio do jogo e podíamos ter resolvido a partida. Na segunda parte é verdade que o Tondela teve também as suas oportunidades mas no final, contabilizando o número de situações, se houvesse um vencedor seríamos nós”.
Agora, o Social termina a primeira fase jogando em casa com a Sanjoanense e Zé Tó está mais preocupado em conquistar os três pontos do que saber em que sub-série irá ficar. “A soma de pontos é o mais importante nesta altura. Nós só queremos é os três pontos porque assim entramos com mais oportunidades na fase de manutenção e não vamos desistir da luta porque merecíamos ter ficado nos seis primeiros lugares. O facto de podermos ficar na série dos Dragões Sandinenses não é um objectivo, poderá ser uma consequência do que fizermos no sábado. E, aliás, se o Sandinenses ainda existe neste campeonato é graças ao fair-play do Social de Lamas, que aceitou adiar aquele jogo no início da época”. [Caso não fosse realizado seria falta de comparência do Dragões Sandinenses, o que no caso era a terceira, e consequente desqualificação]
O técnico comentou ainda este novo modelo de competição a que apelidou de ‘colonialismo dos grandes’. “Isto não é mais do que o privilegiar os grandes em detrimento dos clubes pequenos, o chamado colonialismo. E depois não estou de acordo porque tudo isto foi decidido em cima do joelho e em cima da data de início dos campeonatos”.
Para o jogo de sábado, Zé Tó não poderá contar com Hugo e Celso, ambos lesionados.

“Todos querem ficar na série dos pares”

Do outro lado da barricada no dérbi esteve o Tondela e antes de falar no futuro próximo, questionámos o técnico tondelense, João Bento, sobre a justeza do empate ‘suicida’ para ambas as formações. “Nesse jogo fomos a única equipa que procurou a vitória mas acabou por acontecer o que ninguém queria e as duas equipas ficaram assim impedidas de chegar aos seis primeiros e têm de lutar na fase de manutenção”.
Precisamente sobre essa fase que se avizinha, João Bento não a vê com bons olhos mas ‘são as regras do jogo’. “Decidir uma época tão longa em meia dúzia de jogos não me parece a melhor forma de premiar o esforço prolongado das equipas mas são as regras do jogo. Acho que toda a gente quer ficar nos pares porque estão lá os Sandinenses e nós ganhando ao Arouca poderemos aproveitar um resultado menos bom do Social de Lamas para o conseguir mas a verdade é que se nós perdemos e o São João de Ver ganhar caímos para o décimo lugar e também ficamos nessa série. Portanto isso depende de um conjunto de factores e resultados”.
O treinador tondelense não conta com os lesionados Almiro, Bruno Almeida, Tchocamar, Carlos Miguel e Espanhol mas tem quatro juniores integrados na equipa sénior: Luís Pedro, Vitaminas, Jambé e Fábio.

“Play-off poderá ser uma fraude”

Desconfiado do play-off de subida (segunda fase) está o treinador do Académico de Viseu. Idalino de Almeida receia que o Académico fique na fase de subida juntamente com “cinco equipas do distrito de Aveiro” e que “alguns jogos sejam menos verdadeiros” por causa disso. “A segunda fase pode ser uma fraude. O Académico poderá ficar sozinho contra cinco equipas de Aveiro e muita coisa pode acontecer nessa situação. Por exemplo, na última jornada, havia um prémio para os jogadores do Dragões Sandinenses caso eles nos vencessem. O play-off poderá ser muito ingrato para nós mas vamos lutar. Nesta altura as pessoas podem ter também mais expectativas mas nós temos as nossas limitações e temos de geri-las, por exemplo, dada a presença da Selecção Nacional em Viseu só poderemos treinar uma vez por semana no Fontelo”.
Frente ao União de Lamas, no próximo sábado, Idalino de Almeida apela novamente ao pragmatismo dos jogadores. “Temos de aproveitar todos os pontos mais do que nunca, com o pragmatismo habitual, concentração e trabalho dentro de campo”.O técnico academista poderá contar com todo o plantel já que não há lesionados ou castigados.

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