30 setembro 2007

"Do Céu ao Inferno..."

Milheiroense 3-3 Ac.Viseu (3ª Divisão Nacional - Série C)"No futebol não se pode brincar". Esta foi a frase de Idalino de Almeida no final do jogo em Milheirós de Poiares, que espelha bem o desalento do técnico do Académico de Viseu em relação ao resultado final, que não deixou ninguém satisfeito. Depois de uma primeira parte de excelente nível, que vulgarizou a equipa da casa, reduzida a 10 unidades a partir dos 42 minutos, e a obtenção de três golos, os viseenses fizeram uma segunda parte desastrada, coroada com o golo do empate da equipa da casa ao cair do pano, a cereja no topo do bolo para a equipa do Milheiroense.
O empate castiga a formação academista pela péssima segunda parte, não só em termos defensivos, foi uma "passadeira", mas também no ataque, onde também falhou, pois por três ou quatro vezes o quarto golo esteve à vista, mas a ansiedade foi mais forte, a partir do momento em que o Milheiroense, em dois minutos (54 e 56m), apontou dois golos.
Um jogo para ver e rever muitas vezes, pois uma equipa, seja ela qual for, não pode apresentar duas etapas tão distintas. Diríamos que na etapa complementar, os viseenses apresentaram-se convencidos de que o jogo era favas contadas. Além de três golos de vantagem, detinham também vantagem numérica, mas foi pura ilusão, pois a partir daí mais parecia o contrário.

Excelente primeira parte

O jogo marcou a estreia de Clement Beaud na turma academista. O jogador camaronês joga numa posição onde a equipa estava carenciada, à frente da defesa, mostrou bons pormenores, assumiu, em alguns momentos, o comando do jogo, sendo visto muitas vezes a dar indicações aos companheiros. No segundo tempo, tal como a equipa, decaiu de produção.
A partida iniciou-se com os viseenses, desde cedo, a assumirem o comando do jogo. Aos cinco minutos Bastos fugiu pela esquerda e levou perigo à baliza de Artur. Aos poucos tornou-se mais evidente o domínio dos visitantes, mas foram os locais que aos 16 minutos obrigaram Manuel Fernandes a defesa atenta. Aos 20 minutos os viseenses estiveram próximos do golo, com Cardoso a não conseguir bater Artur, após uma excelente abertura do último reforço viseense.
O golo, merecido, chegou aos 21 minutos, com Valério a converter de forma superior um livre à entrada da área, a castigar uma falta de Rui Jorge sobre Bastos.
Os academistas mostravam um futebol rápido e incisivo, com movimentações lestas, que deixavam o adversário atordoado. O segundo golo chegou a nove minutos do intervalo, com Bastos a ser travado na área. O juiz do Porto apontou a marca de grande penalidade, mas Eduardo permitiu a defesa de Artur, com Cardoso a aparecer rápido a atirar para o fundo da baliza. O número 10 academista redimiu-se três minutos depois, numa "cavalgada" pelo corredor direito, com Bastos a concluir ao segundo poste. Antes do intervalo nota para a exclusão de Wellington, aos 42 minutos, após entrada dura sobre Álvaro.
Clement Beaud

Etapa complementar para esquecer

Ao intervalo o técnico academista mostrava-se satisfeito com a prestação da equipa, mas deve ter mudado de opinião dez minutos após o reatamento.
Aos 54 minutos, numa falta inexistente, Melo reduziu a desvantagem da sua equipa, num livre na meia esquerda. Dois minutos depois, e com a turma academista balanceada para o ataque, uma perda de bola permitiu o contra-ataque rápido da turma da casa. A bola metida no corredor direito, onde Brandão nos pareceu em posição irregular, permitiu que Bruno Faria reduzisse a desvantagem para a margem mínima, relançando a partida.
À passagem da meia hora Manuel Fernandes esteve em evidência nesta fase do jogo, ao negar por duas vezes o golo do empate.
Com os viseenses a tentarem recuperar dos diversos sustos, nos últimos dez minutos do encontro Carlos Santos e Eduardo tiveram o quarto golo nos pés por, pelo menos, três vezes. Porém, a velha máxima de que quem não marca sofre castigou os viseenses, que viram Melo, a um minuto dos 90, apontar o terceiro golo para a sua equipa, o que deixou Idalino de Almeida irado.
Em resumo, o empate premeia a voluntariedade da turma da casa e castiga a inépcia dos viseenses no segundo tempo, que complicaram aquilo que era simples. E tão simples que poderia ter sido regressarem com os três pontos!
O trabalho do trio de arbitragem do Porto não foi de todo conseguido. A falta que esteve na origem do primeiro golo dos locais não existiu, para além da jogada que deu o segundo golo foi precedida de fora de jogo de Brandão. Ficamos com esta convicção no decorrer do lance, a mesma que tiveram outros viseenses que estavam ao nosso lado a assistir ao encontro.

Ficha de Jogo:

Milheiroense 3
- Artur, Mário Jorge, Melo, Rui Jorge, Paulinho, Wellington, Rui Pinto, Brandão, Bruno Silva, Machadinho e Bruno Faria.
Substituições: Paulinho por Bairrada (45’), Bruno Silva por Rodrigo (45’) e Mário Jorge por Meirim (52’).
Suplentes não utilizados: João Ricardo, Alex, Charles e Serrão
Treinador: Carlos Miragaia.

Ac. Viseu 3
- Manuel Fernandes, João Miguel, Marcos, Caliço, Valério, Beaud, Álvaro, Megane, Cardoso, Eduardo e Zé Bastos.
Substituições: Valério por Zé Pedro (59’), Cardoso por Santos (67’) e Bastos por Filipe Figueiredo (87’)
Suplentes não utilizados: João Sampaio, Lopes, Zé Teixeira e Barra.
Treinador: Idalino de Almeida

Jogo no Complexo Desportivo de Milheirós de Poiares
Assistência: cerca de 250 espectadores
Árbitro: Fernando Nunes, do CA do Porto
Auxiliares: Arsénio Neves e Licínio Torres
Ao intervalo: 0-3
Marcadores: Valério (21’), Cardoso (36’), Bastos (39’), Melo (54 e 89’) e Bruno Faria (56’).
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Wellington (36’ e 42’), Machadinho (37’), Bairrada (60’), Santos (83’), Zé Pedro (86’) e Álvaro (90’). Cartão vermelho, por acumulação, para Wellington (42’)

José Luís Araújo (DV)

Classificações actualizadas da 2ª e 3ª Divisão Nac. na barra lateral à direita.

"Prémio ao cair do pano"

Nelas 1-1 Sátão (2ª Divisão Nacional - Série C)Num derby da região onde se esperava muito mais público, até porque a turma de Nelas é das primeiras classificadas da Série, enquanto que o Sátão é um conjunto que, apesar da estreia na 2.ª Divisão Nacional, tem feito uma prova bastante interessante.
Mesmo assim, quase meio milhar de pessoas, já puderam ver algum entusiasmo. Tal como se previa, o jogo iniciou-se com os habituais sistemas tácticos que os dois treinadores costumam implantar em campo.
Assim, o Nelas apresentou um futebol mais organizado, a sair para o ataque mas com a bola a passar pelos restantes dois sectores.
Por sua vez, o Sátão deu o domínio ao conjunto da casa e tentou sempre sair em direcção à baliza de Rui Vale em jeito de contra-ataque. Mas há que referir que o Nelas foi sempre a equipa mais perigosa e conseguiu mesmo dois lances de grande apuro para a baliza de Zé Luís e aos 37 minutos Tiago atirou um potente remate com a bola a embater na trave da baliza satense e na recarga a bola voltou a razar o poste direito da baliza forasteira.
Até ao intervalo os nelenses tudo fizeram para abrir o activo, contudo, diga-se, que na hora de ir para o descanso estava 0-0, havia também muito mérito da Associação Desportiva de Sátão que soube defender quase sempre longe da sua grande área e quando isso não acontecia, Zé Luís lá estava para encaixar. De facto, ao intervalo o resultado servia muito mais os interesses da Desportiva do Sátão, do que os do Nelas, tendo em conta os interesses que ambos os clubes têm na prova que estão a disputar.

Falha de marcação fatal para o Nelas


No reatamento, verificou-se que Mazola deu instruções para que a sua equipa se adiantasse mais no terreno. Mas ao contrário do que se poderia pensar esse adiantamento só beneficiava os visitantes, precisamente, pelo sistema imposto por Jorge Paiva, ou seja, deixar que os locais se adiantassem no terreno para depois contra-atacar. Contudo, um livre escusado cometido pela defensiva do Sátão deitaria tudo a
perder para os forasteiros, pois desse livre, junto à linha da grande área, Ewerton cobrou da melhor forma, de pé esquerdo, abrindo o activo. Jorge Paiva tinha de fazer qualquer coisa, pois a turma de Mazola conseguia travar, bem longe das imediações da sua baliza, os raides dos laterais satenses.
Mas nos minutos finais, o Sátão pressionou, obrigando o Nelas a defender muito e a sair somente em contra-ataque.
Depois de algumas jogadas de bom envolvimento, com os locais a criarem boas oportunidades, foi o conjunto visitante que pegou no encontro e já no dealbar da segunda parte, o Sátão beneficiou de um canto convertido por Rodrigo, aparecendo Élio, sem marcação, ao segundo poste e a cabecear pelo buraco da agulha, estabelecendo o empate.
Ainda tentou o Nelas chegar ao golo da vitória, mas o Sátão soube defender o precioso ponto.
Os nelenses contestaram e muito o trabalho do árbitro e, julgamos, que nalguns casos tiveram razão, mas a verdade é que os satenses tiveram mérito na igualdade no derby. O árbitro esteve, de facto, mal no segundo tempo.


Ficha de Jogo:


Nelas 1
Rui Vale; Carlos André, Gora, Tiago e Lage; Diogo, Rui Santos e Ewerton; Gilmar, Saraiva e Bruno
Substituições: Diogo por Paulinho (63´), Ewerton por Oliveira (73´) e Giolmar por Landing (84`) Suplentes não utilizados: Armando, Ruan e Magalhães
Treinador: Mazola

Sátão 1
Zé Luís; Tó Ferreira, Élio, Mário e Hélder Sarmento; Deodato, Rodrigo e Nelson; Pavic, Luís e André
Substituições: Pavic por Gil (56´), André por Tozé (74`) e André por Paulo Meneses (76)
Suplentes não utilizados: Márcio, Chico e Abner
Treinador: Jorge Paiva

Jogo no Estádio Municipal de Nelas
Assistência: 400 pessoas
Árbitro: João Santos (Porto)
Auxiliares: Tomás Pereira e Paulo Feital
Resultado ao intervalo: 0-0
Marcadores: Ewerton (50´) e Élio (89’).
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Pavic (10´), Ewerton (13´), Rui Santos (62`)

C. C.

"Locais mais fortes"

Penalva 2-0 Tourizense (2ª Divisão Nacional - Série C)

A partida iniciou-se com um ligeiro ascendente do Tourizense mas os penalvenses não demoraram a reagir e equilibraram a partida, conseguindo a espaços algum ascendente, mas em grande parte jogada taco a taco nestes primeiros 45 minutos.
Mesmo assim foram os donos da casa que tiveram mais e melhores oportunidades para inaugurar o marcador com Paulo Listra, João Aurélio e Sanussi a serem os protagonistas.
Por banda dos forasteiros, a grande oportunidade de golo surgiu ao minuto 43 quando, na sequência de um canto, e numa confusão dentro da área, Éder poderia ter marcado.
Na segunda metade, foi novamente o Tourizense que entrou melhor e logo aos 2 minutos outra vez Éder, que quase aproveitava um dos poucos deslizes da defesa penalvense e, não fosse Tó Oliveira, que corajoso negou o golo ao dianteiro contrário.
Foi sol de pouca dura porque Paulo Listra, volvidos 2 minutos teve nos pés o golo, mas Eduardo, imitando o seu adversário, responde e nega o golo aos da casa.
Penalva
mais incisivo na frente

A qualquer momento poderia surgir o golo e esse surgiu para os donos da casa com Sanussi, sem margem para dúvidas o melhor jogador em campo, a fazer um golo de se lhe tirar o chapéu, na sequência de um lançamento de Ruben pela linha lateral e que Sanussi concluiu com êxito.
Sentiram o golo, os comandados de Tó Margarido, e volvidos 3 minutos Eduardo nega o 2º aos penalvenses. Mesmo assim, mostravam-se perigosos os forasteiros, obrigando Tó Oliveira a atenção redobrada.
Os irrequietos Sanussi e João Aurélio, auxiliados por Listra e Tomé, que rendeu Belo ao intervalo, davam água pela barba e importunavam constantemente Eduardo que negou aos 79 minutos o segundo golo dos penalvenses a Sanussi.
Aos 80 minutos dupla alteração de Tó Margarido que na prática foi só uma pois Pedro Fontes, que ainda no banco aos 59 minutos havia visto o cartão amarelo, viu, no mesmo minuto em que entrou, o segundo e o consequente vermelho uma vez que entrou em campo sem caneleiras o que obrigou o árbitro da partida a cumprir a lei.
Já a caminhar-se para o final da partida Tomé lançou João Aurélio que dentro da área é carregado por Gonçalo, ganhando uma grande penalidade, que Paulo Listra converteu fixando o 2-0.
Um resultado justo que até poderia ter sido mais alargado, mas que na verdade seria demasiado pesado para os de Touriz. O Penalva do Castelo está agora ainda mais tranquilo na tabela.
O trio de arbitragem esteve em plano aceitável.

Ficha de Jogo:

Penalva 2
Tó Oliveira, Rogério, Tiago Sousa, Sérgio, Carvalhinho Tójó, João Aurélio, Paulo Listra, Ruben, Sanussi e Belo.
Substituições: Belo por Tomé (46), Tójó por Sérgio Pote (80) e Sanussi por Alex (90+2)
Jogadores não utilizados; Cristiano, Vitor Hugo, André Silva e Leandro.
Treinador: Prof. Carlos Agostinho Sousa

Tourizense 0
Eduardo, David, Sílvio, Bruno Santos, Gonçalo, Hugo Simões, Xavier, Litos, André Fontes, Eder e Kay.
Substituições: Kay por Traquina (72), Eder por Pedro Fontes (80) e Bruno Santos por Tiago Rosa (80).
Jogadores não utilizados; Ruben, Fábio Santos, Diogo Melo e Chico.
Treinador: Tó Margarido.

Jogo no Parque Desportivo de Santana – Penalva do Castelo
Assistência: Cerca de 300 Espectadores.
Árbitro: Diogo Santos (Aveiro)
Auxiliares; Bernardino Silva e Joel Cardoso.
Resultado ao intervalo: 0-0
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Rogério (37), Pedro Fontes (59 e 81), Eder (64) Ruben (64), João Aurélio (84) e Gonçalo (88)
Cartão vermelho por acumulação: Pedro Fontes (81).
Marcadores; Sanussi (62) e Paulo Listra (88).

Manuel Albuquerque

"Repeses sem mácula"

Ac.Viseu 0-5 Repesenses (Nacional de Iniciados - Série C)O Académico foi um desastre. Ao contrário do que se possa pensar o resultado final até nem é exagerado. Os academistas entraram bem no jogo, com intenção e equilibrando a partida. Previa-se que se fosse assistir a um jogo emotivo e com um resultado indefinido até ao final. Puro engano.
O Académico de Viseu apenas jogou bem durante quinze minutos pois a partir do momento em que João Ricardo conseguiu um grande golo, mas também com algumas culpas para o guarda-redes Rui Pedro, a equipa caiu, completamente, perante um Repesenses com futebol mais apoiado, adulto e eficaz, conseguindo superioridade em todos os sectores do campo. Mais possantes, e mais aguerridos, a que juntaram a experiência de grande parte dos visitantes que já na época passada se haviam sagrado campeões da Série C, os pupilos de Rogério Rebelo mostraram, mais uma vez, que têm o sector atacante mais produtivo da prova.
De facto, os academistas até se entregaram, generosamente, ao jogo, mas tanta ingenuidade acabaria por ser-lhes fatal, pois a defenderem deficientemente e a não conseguirem sair para o ataque, já que os adversários pressionavam logo à saída da defesa contrária, sofreram cinco golos com alguma facilidade e só não sofreram uma goleada ainda mais volumosa por pura sorte.
Com esta vitória, os Repesenses continuam a liderar com muita personalidade uma Série C e, sem dúvida, correm para mais um apuramento para a segunda fase, onde poderão até fazer melhor do que na época passada.
Enfim, ao invés, o Académico de Viseu se quiser ficar no Nacional terá de jogar muito mais e ser mais adulto. Os academistas apenas conseguiram até agora marcar dois golos e sofreram já seis, o que diz bem da fragilidade da sua defesa. Por sua vez o Repeses já conseguiu 14 golos e apenas sofreu um. Quem quiser que tire as conclusões destes factos. Arbitragem em bom plano.
Ficha de Jogo:

Ac. Viseu 0
Rui Pedro; Nuno, Oliveira, Lima e Luís Pedro; José Pedro (Maurício, 63); Guilherme, Ricardo e Leandro; Cruz, Romeu (Mauro, 45') e Diogo (Cunha, 58)
Suplentes não utilizados: Tiago, Gustavo, Miguel e André
Treinador: João Costa

Repesenses 5
Marcelo; Paulo Renato, Migas, Diogo Carvalho e Jorge Costa; Álvaro (Marco Moreira, 69), João Ricardo II e João Ricardo; Mikael, Fábio Carvalho e Vinte e Cinco (André, 68).
Suplentes não utilizados: Renato, João Loureiro, Marco Rebelo, Cristian e Paredes.
Treinador: Rogério Rebelo

Jogo no Campo 1.º de Maio (Fontelo), em Viseu
Assistência: Cerca de 150 pessoas
Árbitro: Luís Caiado (Viseu)
Auxiliares: Luís Fonseca e João Ferreira
Resultado ao intervalo: 0-2
Marcadores: João Ricardo (15 e 70), João Ricardo II (30), Diogo Carvalho (37) e Fábio Carvalho (47)
Acção disciplinar: Nada a registar
C. C.

"Acordaram tarde..."

Ac.Viseu 0-2 Beira-Mar (2ª Divisão Nacional de Juniores - Série B)
Depois da brilhante vitória conquistada oito dias antes, em Repeses, esperava-se muito mais do Académico de Viseu, mesmo tendo em conta que o adversário que tinha pela frente era bem mais forte que o Repesenses.
Mas a verdade é que os academistas entraram mal no jogo, sem capacidade para travar o maior caudal ofensivo dos aveirenses. Estes formam um conjunto que revela, no global, uma estrutura física apreciável, com jogadores mais altos e com compleição corporal que lhes dava vantagem nos lances em que se torna necessário aplicar o físico. Assim, a única estratégia que poderia servir ao Académico seria a de defender com mais homens, logo a partir do meio campo e sair para o contra-ataque com a bola sobre a relva sintética.
Mas não foi isso que aconteceu, os viseenses defenderam mal, deram muitas ofertas e nunca se encontraram no meio campo, durante a primeira parte. Deste modo não admirou que num lance de bola parada, um livre escusado cometido por Ricardo Simões, Jaime, o mais alto dos aveirenses acorresse de cabeça para concretizar em golo.
Os locais sentiram em demasia o tento e pouco depois a defesa da casa foi lenta a despachar o esférico e do lance saiu o segundo golo do Beira-Mar. Esta equipa continuou a dominar, quase como quis e as oportunidades de voltar a marcar foram muitas. Até um penalty, que não nos pareceu ter existido, os aveirenses falharam com muito mérito para o guarda-redes Márcio que correspondeu bem melhor ao pontapé forte e colocado de Jaime, evitando assim o 0-3 ao intervalo. Pode dizer-se que quando os jogadores foram para as cabinas, o resultado até pecava por escasso, a favor dos visitantes, já que durante a primeira parte os viseenses não fizeram um único remate à baliza de Renato, o que deixou os seus adeptos algo surpreendidos, não tanto pelo resultado mas muito mais pela péssima exibição da turma academista.Para a segunda parte, a equipa técnica do Académico fez duas substituições e com Tiago na defesa e Daniel mais na frente, sem dúvida que o conjunto viseense mudou como da noite para o dia. A equipa passou a ter mais agressividade, menos medo de enfrentar os “grandalhões” contrários e o futebol exibido foi mais ofensivo. Mas se é verdade que na primeira parte, a culpa cabe por inteiro aos viseenses, pela sua péssima exibição, já no segundo tempo, o culpado dos academistas não terem feito melhor, foi o árbitro Paulo Brás que, inclusivamente, deixou passar em claro uma falta para grande penalidade contra o Beira Mar. Sem dúvida que o juiz da AF Guarda se colocou, claramente, ao lado dos aveirenses, marcando tudo contra os donos da casa e, muito pouco aos visitantes, se calhar só para dar a ideia de que também punia os forasteiros, quando estes se mostravam bem durinhos em termos de futebol.
De facto, o Académico mostrou nos segundos quarenta e cinco minutos o seu verdadeiro valor e se tivesse marcado, por uma ou duas vezes, bem o merecia. Registe-se, contudo, que os visitantes também dispuseram de duas ou três flagrantes oportunidades, mas valeu a boa actuação de Márcio, quanto a nós, o melhor jogador dos viseenses. A verdade é que o Académico, que já tem quatro pontos em quatro jogos, ainda não conquistou nenhum em casa, já que também perdeu no 1.º de Maio, contra o Estação (Covilhã). Se o Académico quiser, de facto, passar à fase da luta pela subida tem de fazer muito mais e ser mais adulto, pois demonstra ainda demasiada ingenuidade para uma prova tão exigente.
Péssima arbitragem do trio guardense.


Ficha de Jogo:

Ac.Viseu 0
- Márcio; Ricardo, Ricardo Simões, Nuno e Filipe; Micael Esteves, Rafael e Mikael; César, Paulo e João Paulo
Substituições: Ricardo por João Aguiar (38m), Filipe por Daniel (intervalo) Micael Esteves por Tiago
Suplentes não utilizados: Pimpão, José António, Nelson e Marcelo
Treinadores: Paulo Chaves e José António

Beira-Mar 2
- Renato; Alfredo, Stéphan, Praia e Amaral; Capelas, Carlos e Francisco; Bornes, Hugo e Jaime.
Substituições: Hugo por Teles (60m), Capelas por Rocha (69m) e Bornes por Lucas (77m)
Suplentes não utilizados: Gonçalo, Hugo I, Morgado e Dias
Treinador: António Luís

Jogo no Campo 1.º de Maio (Fontelo), em Viseu
Assistência: Cerca de 100 pessoas
Árbitro: Paulo Brás (Guarda)
Auxiliares: Bruno José Alves e Marco Paulo Pinto
Resultado ao intervalo: 0-2
Marcadores: Jaime (18m) e Hugo (31m)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Hugo (39m), Jiame (51m), Rafael (54m) e Mikael (75m).

C. C.

28 setembro 2007

"Antevisão 3ª Nacional - C"

Social tenta manter-se na liderança

Depois do interregno para a disputa da 2.ª eliminatória da Taça de Portugal, vai jogar-se no próximo fim-de-semana mais uma ronda do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão, onde militam três equipas filiadas da Associação de Futebol de Viseu: Tondela, Social de Lamas e Académico de Viseu. Curiosamente, todas elas actuam fora de casa, mas duas delas até podem vir a repartir a liderança. De facto, a quarta jornada vai englobar o jogo União de Lamas e o Tondela e se os tondelenses vencerem podem aparecer no comando da Série que neste momento pertence à turma do concelho de Castro Daire, o Social de Lamas.
É um encontro com dificuldade acrescida porque, apesar de tudo, o União de Lamas é, também, um candidato para a passagem à fase da luta pela subida. Mas os pupilos de Carlos Correia têm potencialidades para arrecadar os três pontos. Mesmo tendo em conta que entraram na prova de forma desastrada, a verdade é que o Clube Desportivo de Tondela continua a ser um dos favoritos a um dos primeiros seis lugares e, desse modo, lutar na segunda fase pela subida.
Entretanto, o Social de Lamas que na passada quarta-feira venceu em Sandim os Dragões, por 2-0, em jogo de atraso, vai deslocar-se a Figueira de Castelo Rodrigo para defrontar o Figueirense e a tarefa não é fácil, mas também nesta partida estão em confronto duas equipas muito iguais, em termos de valor, mas com os visitantes galvanizados pelo triunfo no reduto do Dragões Sandinenses.
Por fim, o Académico de Viseu que está na prova a pautar a sua actuação com altos e baixos vai ao reduto do Milheiroense, bem difícil. Contudo, esta pode ser uma partida que os comandados de Idalino Almeida podem aproveitar para mostrar mais do que têm feito e, assim, dar maiores esperanças aos seus adeptos para uma possível passagem à fase da luta pelo título e, consequentemente, pela subida à 2.ª Divisão Nacional, a aposta dos dirigentes do clube.


C.C.

Foto: De frente está Clément Beaud (novo reforço do Académico de Viseu).

"Antevisão 2ª Nacional - C"

Nelas e Sátão num derby "quente"A próxima jornada da 2ª Divisão conta com um sempre apetecível derby regional, que neste caso irá opôr o Sport Lisboa e Nelas à Desportiva de Sátão.
São grandes as atenções que recaem sobre este jogo, onde o resultado é, regra geral, uma incógnita. No entanto, o favoritismo tende, muito devido ao factor casa, para o lado do Nelas, que esta época tem realizado um início de campeonato a todos os títulos notável. A recente derrota no terreno do Oliveira do Bairro não mancha, de todo, aquilo que de bom tem sido feito até então.
Assim, a formação treinada por Mazola deverá entrar ainda mais motivada para vencer, mantendo assim a liderança da tabela classificativa, um verdadeiro marco da história de um clube que aspira ao sucesso e glória de subir ao futebol profissional.
Por outro lado, a Desportiva de Sátão desloca-se ao Municipal de Nelas com o orgulho “ferido”, depois de ter perdido em casa com o Eléctrico de Ponte de Sôr.
Jorge Paiva quererá ver a sua equipa a pontuar, para não perder o barco da frente, e assim continuar a dar boas esperanças aos sócios e adeptos satenses.
Este que é o segundo derby regional da temporada, depois de o Penalva se ter deslocado à Premoreira, perdendo por três bolas a duas.

Tourizense na mira

No outro encontro onde está presente uma formação do distrito de Viseu, o Sport Clube Penalva do Castelo irá receber no Parque Desportivo de Sant’Ana a equipa coimbrã do Tourizense. A “turma” de Carlos Agostinho vem de uma fantástica vitória em casa do Pampilhosa por 4-1, onde Paulo Listra esteve em grande destaque ao marcar os quatro golos da sua equipa. Repetir a proeza será praticamente impossível, mas no futebol, por vezes, as coisas mais imprevisíveis são aquelas que mais depressa se concretizam.O Penalva está tranquilo na 5ª posição e uma vitória, quiçá, aproximá-lo-ia do companheiro de batalha, o Nelas, para, quem sabe, uma parceria de sucesso na luta pela liderança. Com isso ganharia o futebol.

Vítor Ramos

NOTA: Os jogos da 2ª e 3ª Divisão já se realizam com o horário de Inverno, ou seja, às 15 horas.

27 setembro 2007

"Até sempre Marconi..."

Foi com enorme tristeza que soubemos do falecimento, em campo, durante uma sessão de treinos, do treinador-adjunto do Lusitano, Marconi.
O choque e incredulidade perante a partida de um atleta, técnico, mas acima de tudo um homem, só nos permitem, neste momento de dor, enviar as nossas maiores condolências à família e esposa, bem como ao clube, jogadores, dirigentes e amigos do Lusitano F.C.

Marconi, até sempre!!!

26 setembro 2007

"Académico contrata Clément Beaud"

O Académico de Viseu já tem o reforço que Idalino de Almeida pretendia.
Chama-se Clément Beaud, é natural dos Camarões, nascido a 7/12/1980 e ocupa o lugar de médio defensivo, sendo que pode ainda desdobrar-se pela ala direita.

Beaud tem 27 anos, é ex-internacional de Sub-21 pelos Camarões, conseguindo aí ser medalhado nos Jogos Olímpicos de Sidney (2000).
Clément Beaud passou pelo Esmoriz, Moreirense e mais recentemente Académica de Coimbra, mas no seu historial conta ainda com passagens pela Polónia e Lituânia.
O jogador africano tem cerca de 1,84 metros de altura e 78 kg, o que fazem dele um trinco com segurança e força para alinhar no onze academista.

Em 2004, aquando da chegada do camaronês à Académica de Coimbra, falava-se que este poderia muito bem vir a ser o "pulmão" da Briosa. Veremos se o será para o Académico, já que em Coimbra não foi muito bem sucedido.

"Agenda do Fim-de-Semana"

Nacionais

2ª Divisão Nacional - Série C (5ª Jornada, 15h):
Rio Maior - Oliv.Bairro
Nelas - Sátão
Eléctrico - Caldas
Sp.Covilhã - Pampilhosa
Penalva - Tourizense
Abrantes - Anadia
Torreense - Benfica CB

3ª Divisão Nacional - Série C (4ª Jornada, 15h):
Oliv.Hospital - Arouca
D.Sandinenses - Sanjoanense
U.Lamas - Tondela
Figueirense - Social Lamas
Tocha - Valecambrense
SJ Ver - Valonguense
Milheiroense - Ac.Viseu

Distritais da AF Viseu

Divisão de Honra (2ª Jornada, 15h):
Sp.Lamego - Parada
Moimenta - Sampedrense
Santacomba - Lamelas
SJ Pesqueira - Oliv.Frades
Campia - Canas de Senhorim
Paivense - Lusitano *
Mangualde - Carvalhais
Cinfães - Vouzelenses

Taça Sócios de Mérito (1ª Eliminatória, 15h):
Silgueiros - Riodades
Parada de Gonta - Vale Madeiros
Tarouca - Fornelos
Abraveses - Boassas
Lobanense - Viseu Benfica
Resende - Santiago Cassurrães
Farminhão - Santar
Santiago Besteiros - Mortágua
Ceireiros - Besteiros
Sezurense - Vila Chã de Sá
Ranhados - Alvite
Vale Açores - Arguedeira
Pinheiro Lafões - Molelos
Nespereira - Sernancelhe
Caparrosa - Cabanas Viriato
Vilamaiorense - Roriz

Nacionais de Camadas Jovens

2ª Divisão Nacional Juniores "A" - Série B (4ª Jornada, Sábado 16h):
Ac.Viseu - Beira-Mar
Arrifanense - Repesenses

Nacional de Juvenis - Série B (6ª Jornada, Domingo 11h):
Moimenta da Beira - Académica

Nacional de Iniciados - Série C (3ª Jornada, Domingo 11h):
Ac.Viseu - Repesenses

* O jogo Paivense - Lusitano não se deverá realizar devido ao falecimento de Marconi (treinador adjunto). O funeral realiza-se no sábado (16 horas).
O VoxPop VFM desta semana foi ouvir o que as pessoas acham sobre a situação actual do Académico de Viseu, numa altura que tanto se ouve falar e criticar o técnico Idalino de Almeida.
O Académico está na 9ª posição com 3 pontos, fruto de uma vitória em dois jogos. A equipa foi recentemente eliminada da Taça de Portugal, em casa, diante do Sp.Covilhã, de divisão superior, mas a empatia entre adeptos e o técnico, que já não era grande, está agora ainda mais reduzida.


Estarão os viseenses satisfeitos com a prestação da equipa? Entendem eles que Idalino é o técnico ideal? É isso que tentámos saber:


João Carlos: "O Académico, acho eu, não está mal. A equipa não pode é ganhar sempre. Os adeptos também não podem ser tão exigentes. No fundo a derrota com o Covilhã é normal. O Académico é um novo clube, é preciso que as pessoas saibam isso. Idalino de Almeida acho que é o treinador ideal, mas é preciso compreendê-lo".


Rafael Rodrigues: "Acho que o Idalino já devia ter saído há muito. No ano passado fomos campeões não foi por causa dele, foi por causa da equipa em si, que jogou o que noutros não fez. Este treinador não tem categoria para futebol Nacional e é bom que a direcção, que nem conheço, tome medidas antes que o Académico volte aos distritais".


Aida Silva: "Olhe, este Académico não é o meu clube. Acabou infelizmente. Nunca mais acompanhei. Antes ainda se ouvia o grande Académico que ia a casa dos grandes e que os fazia tremer. Agora não é a mesma coisa".


Tiago Marujo: "Acompanho pouco o Académico, até porque não sou de cá, mas pelo que tenho lido nos jornais, parece-me que este treinador está um pouco a mais na equipa. Segundo o que leio, meter-se defesas a médios e médios a defesas não é um bom principio táctico, julgo eu".


Carlos Silva: "Estou muito desapontado com o clube. Penso que falta-lhe tudo. Uma salada não presta sem tempero, e o Académico é o mesmo. Falta qualquer coisa, ou muito mesmo. Todo o processo do extinto CAF estragou irremediavelmente a história deste novo clube".

"VISBOLA - 6ª Jornada"

A jornada número 5 foi, sem qualquer dúvida, a mais recheada para os participantes do Visbola. Treze dos 15 concorrentes conseguiram uma pontuação superior a 20 pontos o que, na realidade, constitui um verdadeiro "recorde".


A emoção na luta pelos primeiros lugares está ao rubro, com Visbet, Belinha, dragãomix e Vogan a disputarem os 4 primeiros lugares.
A campeã da jornada foi Belinha, que somou 27 pontos, aproximando-se ligeiramente de Visbet que apenas conseguiu menos 3, ou seja, 24 pontos.
A espreitar a liderança está o dragãomix e o Vogan, que alcançaram 26 e 25 pontos respectivamente.
Destaque ainda para José Cravo, que está numa recuperação impressionante. Depois de ter faltado a uma jornada, este participante conseguiu ascender agora ao 5º lugar, com 77 pontos no total, estando assim ainda na luta pelas primeiras posições.


Já no fundo da tabela Guel, ao cabo de apenas ter apostado nas últimas duas jornadas, conseguiu sair da última posição, acumulando agora 24 pontos.


Foi sem dúvida uma excelente jornada, onde os apostadores tiveram "olho de falcão" nos diferentes encontros. Talvez apenas o Canas de Senhorim 2, Pesqueira 4 tenha evitado pontuações máximas nesta jornada. Consulte a tabela na barra lateral à direita.


Fique com o novo cartão de jogos:


Cartão de Jogos - 6ª Jornada:
Nelas - Sátão
Penalva - Tourizense
U.Lamas - Tondela
Figueirense - Social Lamas
Milheiroense - Ac.Viseu
Cinfães - Vouzelenses
Paivense - Lusitano
Campia - Canas de Senhorim
Sp.Lamego - Parada
Santacomba - Lamelas

Não se esqueça de que pode inscrever-se a qualquer altura. Basta para isso enviar-nos um e-mail com o nome que adopta para a competição. Faça-o para visfutmagazine@hotmail.com

24 setembro 2007

"Silvério estreia-se com vitória"

Lusitano 3-1 Campia (Divisão de Honra - 1ª Jornada)A estreia dos técnicos das duas equipas na Divisão de Honra era um dos grandes aliciantes desta partida. Silvério, que substituiu Joca no comando, e Chalana que veio ocupar o lugar deixado vago por Raul Garcia, estrearam-se assim enquanto treinadores nestas formações, sendo que Chalana foi inclusivamente titular no onze do Campia.
Num jogo emocionante e bem disputado, saltaram à vista as qualidades quer individuais, quer de colectivo, que ambas as equipas apresentam. Os de Lafões demonstram-se muito bem reforçados, com uma frente de ataque a todos os títulos perigosa, onde Chalana é o maestro e Paulinho e Leandro os “corredores” que servem de “alimento” ao gigante Leandrão. Aliás, foi este mesmo quarteto que cedo colocou em sentido a defesa do Lusitano, beneficiando ainda assim dos nervos que se apoderavam dos homens da casa.
Deste modo, era o Campia que se aproximava cada vez mais do golo, que não demorou muito a aparecer. À passagem do minuto oito, Paulinho foi mais rápido na desmarcação, correu até à linha de fundo, assistiu no coração da área Leandro e este, apesar de permitir a defesa apertada de Luís, foi de cabeça empurrar a bola definitivamente para a baliza. Estava feito o primeiro da tarde e da Divisão de Honra.
O Lusitano depressa tentou responder, mas o Desportivo tinha tudo controlado e mesmo quando estava a defender, o perigo muito raramente se acercava da baliza de Baptista. A excepção ocorria de bola parada, quando Agostinho enviou, de livre directo, a bola ao ângulo mas Baptista negou o que seria um bonito golo.
Contudo, o Lusitano viria a chegar ao empate ainda antes do intervalo. Uma falta sobre Zé António deu grande penalidade e Geyson, chamado à conversão, carimbou o primeiro golo para a sua equipa, embora o guardião Baptista tenha tocado ainda no esférico.

Lusitano transfigurado

A segunda parte foi em tudo diferente. Silvério colocou em campo Daniel para o lugar de Hugo e ainda hoje deverá estar satisfeito por tê-lo feito. É que o jovem atleta, que já esteve em alta na pré-temporada, trouxe uma clara melhoria ao jogo da equipa, na medida em que a sua rapidez e clareza de ideias criou espaços na defensiva contrária e assim mais perigo junto da área do Campia.
Prova disso foi o golo da reviravolta para o Lusitano. Ao minuto cinquenta e seis, o recém-entrado Daniel apareceu solto de marcação no lado esquerdo, e perto da quina da área atirou de pé direito para o fundo das redes, sem que Baptista pudesse fazer alguma coisa. A alteração ao intervalo dava os seus frutos e a vitória sorria pela primeira vez aos da casa.
Apesar do expresso domínio dos viseenses, a verdade é que a formação lafonense nunca deixou de olhar com atenção para a baliza de Luís, embora poucas vezes tenha conseguido lá chegar com relativo perigo. No entanto, aos 60 minutos, Chalana poderia ter mudado a história do jogo, mas o seu bom cabeceamento foi defendido por Luís de forma alucinante.
O Campia perdia a oportunidade soberana de chegar à igualdade e o Lusitano agradecia, voltando a dominar a partida até ao final dos 90 minutos. Precisamente nessa altura, chegou a machadada final no encontro, com Zé António, servido por Daniel, a sentar o defesa e a rematar para o terceiro e último golo da partida.
Uma vitória justa e adequada, embora o Campia não merecesse uma diferença de dois golos no marcador, pela boa réplica que deu no primeiro tempo.
O Lusitano transfigurou-se ao intervalo e realizou uma exibição notável, entrando com o pé direito no Campeonato, rumo ao objectivo de Silvério: realizar uma época tranquila e obter a melhor classificação possível.
A arbitragem de António A. Cardoso foi excelente, contribuindo também ele em muito para o grande espectáculo dos Trambelos.


Ficha de Jogo:


Lusitano FC 3
- Luís, Salgueiral, Madeira, Washington, Serginho, Jeremias, Álvaro, Geyson, Zé António, Agostinho e Hugo.
Substituições: Hugo por Daniel (45’), Álvaro por Juan (61’) e Geyson por Miguel Lourenço (69’).
Suplentes não utilizados: Rafael, Carlos Bill, Nuno e Routar.
Treinador: Silvério Gomes

GD Campia 1
- Baptista, Miguel, Alex I, Fontoura, Makelele, Laranjeiro, Chalana, Paulinho, Leandro, Salgado e Leandrão.
Substituições: Makelele por P. Cunha (45’), Salgado por Tavares (58’) e Paulinho por Nuno (75’). Suplentes não utilizados: Cunha, João, Marujo e José António.
Treinador: Chalana

Jogo no Estádio dos Trambelos, em Viseu
Assistência: cerca de 150 pessoas
Árbitro: António A. Cardoso (Castro Daire)
Auxiliares: Sérgio Rocha e Luís Coimbra
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Leandro (8’), Geyson (44’ g.p.), Daniel (56’) e Zé António (90’).
Acção disciplinar: cartão amarelo para Paulinho (6’), Salgueiral (45’), P. Cunha (48’) e Nuno (76’).

Vítor Ramos

"Parada a menos para Cinfães a mais"

Parada 0-3 Cinfães (Divisão de Honra - 1ª Jornada)O CD Cinfães foi a Parada de Ester apadrinhar a estreia da equipa da casa na Divisão de Honra da A.F. Viseu, e conseguiu conquistar os 3 primeiros pontos.
As equipas entraram no jogo com muita entrega, mas nem sempre a praticarem um futebol vistoso, havendo muita luta a meio campo e as defesas a sobressaírem sobre os ataques.
Nos primeiros 15 minutos, o CD Cinfães teve alguma dificuldade em assentar o seu futebol muito por culpa da força e entrega dos jogadores do Parada e do futebol muito directo e pressionante do seu adversário.
Aos 16 minutos surgiu a primeira oportunidade de golo para a equipa do Cinfães. Gaio, após um bom passe de Filipe Carvalho, ganhou vantagem e sobre a esquerda não conseguiu desfeitear Guilherme atirando ao lado. Aos 21 minutos foi a vez de Rogério desperdiçar um lance perigoso uma vez que seguia isolado para a baliza, deixando-se vencer pela defesa contrária.
Mas à terceira foi de vez. Eduardo, num lance idêntico ao de Gaio, ganhou sobre a esquerda e à saída de Guilherme fez um excelente "chapéu" ao guarda-redes contrário. O Cinfães ganhava vantagem com alguma justiça, uma vez que à medida que a 1ª parte ia avançando a equipa conseguia impor-se no jogo.
O Parada reagiu ao golo sofrido e Roberto, aos 29 minutos, à entrada da área cinfanense atirou com força e colocação, levando a bola a embater estrondosamente na barra da baliza de Manuel.
Até ao final da 1ª parte não existiram lances de perigo junto das balizas, havendo sempre muita luta a meio-campo e um futebol nem sempre bem jogado.
Na 2ª parte a qualidade do futebol não melhorou e assistiu-se nos instantes iniciais a um “forcing” da equipa da casa em chegar ao empate, sendo uma série de 3 cantos a melhor fase da equipa do Parada mas quase sempre sem causar perigo iminente de golo.
Aos 69 minutos e após um livre directo de Filipe Carvalho, e uma boa defesa do guarda-redes Guilherme, a bola sobrou para Mauro que apenas teve de encostar para o fundo da baliza. A partir daqui, o Parada baixou os braços e a condição física das equipas até ao final do jogo sentiu-se. O CD Cinfães esteve nitidamente melhor que o seu adversário, controlando bem o jogo e ainda teve tempo para, numa grande penalidade sobre Eduardo, fechar o "placard" com a boa execução de Rogério.
Mesmo sem jogar com grande brilhantismo o CD Cinfães ganhou bem e a vitória não sofre qualquer contestação.
A equipa de arbitragem realizou um bom trabalho, controlando sempre o jogo que foi viril mas sempre correcto.
Ficha de Jogo:
GD Parada 0
Guilherme, José Pedro, Jorge Paiva, Chorra, Cunha, Rui, Roberto, Paulo, Luís, João Pedro e Jorge
Substituições: Caldeira por Roberto (76´); Nelson por Luís (81´) e Vítor por Jorge (90´)
Suplentes não utilizados: Capela, Fernando e Mota.
Treinador: Pereirinha

CD Cinfães 3
Manuel, Tozé, Ângelo, Carlão, Manuel Vieira, Monteiro, Filipe Carvalho, Rogério, Mauro, Gaio e Eduardo
Substituições: Carlitos por Manuel Vieira (55´); João Ricardo por Gaio (83´) e Tiago por Filipe Carvalho (85´)
Suplentes não utilizados: Padeiro, Paulo Costa, Joca e Rafa
Treinador: Vítor Moreira

Campo do Parada, Parada de Ester
Assistência: cerca de 150 espectadores
Árbitro: Luís Caetano (Viseu)
Árbitros auxiliares: Luís Castainça e Carlos Teixeira
4º Árbitro: Paulo Milhão
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Eduardo (24´), Mauro (69´) e Rogério (86´gp)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Monteiro (28´), Filipe Carvalho (41´), Roberto (53´), João Pedro (59´), Paulo (76´), Cunha (79´ e 86´), Gaio (83´) e Carlão (89´). Cartão Vermelho, por acumulação, para Cunha (86´).

João P. Cardoso (Vis Fut Magazine)

"Lamego empata em Lafões"

Sampedrense 1-1 Sp.Lamego (Divisão de Honra - 1ª Jornada)Eram muitas a novidades nas duas equipas, em relação à época passada. Chalana, Cassamá e Igor, três das estrelas da época passada mudaram de clubes e tiraram qualidade às duas formações em campo.
O primeiro lance de perigo aconteceu para a equipa de Lamego, aos 8 minutos. Livre marcado rapidamente com Ivan a receber na esquerda, batendo Nuno e cruzando para o desvio de Hugo Medeiros que falhou o alvo por centímetros.
Dois minutos volvidos mais um lance de perigo para a baliza de Maló, que viu a bola sair rente ao poste.
O primeiro quarto de hora foi de mau futebol, com as equipas a apresentarem-se desorganizadas.
Aos 18, a primeira ocasião para o Sampedrense, num contra-ataque delineado por Célio e Tagui, com o segundo a rematar ao lado da baliza de Filipe.
No minuto 26, Célio fez tudo bem dentro da área dos lamecenses e serviu Costa que rematou forte, com a bola a tirar tinta ao travessão.
A pouco e pouco o Sampedrense foi tomando conta da partida e aproximava-se da baliza do Lamego.
Um pouco contra a corrente do jogo o Lamego adiantou-se no marcador. Júnior apareceu descaído na direita e frente a Maló permitiu a defesa do guarda-redes sampedrense que foi incapaz de suster a recarga de Hugo Medeiros.
Aos 43 minutos, surgiu o empate, Costa marcou um pontapé de canto e Célio de cabeça bateu Filipe, com a defensiva lamecense a ver jogar.
O intervalo surgiu com um resultado justo, num jogo com pouca qualidade.
Decorridos 6 minutos do segundo tempo, André Maló negou o segundo, com uma saída destemida aos pés do adversário.
O Sampedrense entrou melhor na segunda parte e empurrou o Lamego para a sua área. No entanto, os lamecences em contra-ataque tentaram reagir aproveitando a manifesta inadaptação de Nuno à lateral direita da defensiva.
Nesta fase do encontro o perigo andou longe das balizas.
No minuto 90, após um excelente trabalho de Vitória, Vítor Hugo rematou forte, mas Filipe negou aquele que seria o golo da vitória. Logo de seguida, Carlos Pires apitou para o final da partida.
Resultado justo com uma arbitragem não isenta de erros.
Ficha de Jogo:

Sampedrense 1
André Maló, Márcio, Heitor, Vítor Hugo, Emanuel. Baixote, Costa, Célio, Beto e Tagui
Substituições: Zé Pedro por Beto (64’), Célio por Vitória (78’) e Costa por Esteves (85’)
Suplentes não utilizados: André, Moreira, Jorgito e Neves
Treinador: Sérgio Nunes

Lamego 1
Filipe, Rafael, Diogo, João Pedro, Miguel Soares, Daniel Bastos, Júnior, Ivan, Lemos, Binaia e Hugo Medeiros
Substituições: Lemos por Miguel (53’), Hélio por Júnior (71’) e Miki por Hugo Medeiros (71’)
Suplentes não utilizados: Cláudio, Adriano, Chico Marinho e Miguel Monteiro
Treinador: Vítor Pereira

Jogo no Estádio Municipal da Pedreira, em São Pedro do Sul
Assistência: cerca de 100 pessoas
Árbitro: Carlos Pires
Auxiliares: Mário Costa e Rui Pires
Marcador: Hugo Medeiros (39’) e Célio (43’)
Acção Disciplinar: Cartão Amarelo Tagui (68’), Ivan (82’), Miguel (88’) e Márcio (90’+2’)

RSA

"Carvalhais lutou mas apenas empatou"

Carvalhais 1-1 Paivense (Divisão de Honra - 1ª Jornada)
Foi com ligeiro sabor a injustiça que a equipa do Carvalhais saiu do Marques Veloso após o empate contra o Sport Clube Paivense. A formação de Eduardito encontrou-se alguns furos acima em grandes períodos do encontro, mas esteve praticamente a perder até ao final, já que o golo do empate surgiu apenas no tempo de descontos.
Contudo, foi mesmo o Paivense a marcar logo aos 12 minutos do primeiro tempo. O pontapé de canto foi direitinho para a cabeça de Zé Miguel que não teve dificuldades para, de cabeça, marcar o primeiro golo do jogo.
Este tento veio um pouco contra a corrente do encontro, mas o que é certo é que só quem marca é que ganha.
Assim, o Paivense poderia mesmo ter chegado ao segundo, mas Alexandre não aproveitou a desatenção da defensiva do Carvalhais.
Na resposta, que surgiu apenas ao cair do intervalo, Dinis obrigou Ivo a atenções redobradas.
O segundo tempo foi completamente dominado pela equipa da casa, que no entanto sofreu até final para chegar ao empate. Na última jogada do encontro, um cruzamento certeiro permitiu a Quim cabecear para o fundo das redes, fazendo assim rebentar a festa no Marques Veloso. Um mal menor num encontro onde a vitória, a ter de existir, cairia melhor ao Carvalhais.
Trabalho regular do árbitro de Castro Daire.

Ficha de Jogo:

Carvalhais 1
André, Polaco, Quim, Dinis, Alex, Isaías, Paulinho, Vinícius, Arêde, Meneses e Serafim
Substituições: Meneses por Zé Carlos (45’), Paulinho por Alcino (58’) e Vinícius por Zé Alfredo (69’).
Suplentes não utilizados: Márcio, Luís Miguel, Rui Pereira e Ricardo.
Treinador: Eduardito.

Paivense 1
Ivo, Bruno Pires, Paulo Pires, Zé Miguel, Pina, Nuno Pires, Sérgio, Márcio, Rochinha II, Ito e Alexandre.
Substituições: Sérgio por Rochinha I (62’) e Márcio por Mário (72’).
Suplentes não utilizados: Victor, Fábio e Silas.
Treinador: Orlando Correia.

Jogo no Campo Marques Veloso, em Carvalhais (S. Pedro do Sul)
Árbitro: António C. Cardoso (Castro Daire)
Auxiliares: Luís Coimbra e Ricardo Monteiro.
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Zé Miguel (12’) e Quim (90’+3).
Acção disciplinar: cartão amarelo para Paulinho (59’), Rochinha II (67’), Mário (74’), Nuno Pires (78’), Ivo (89’) e Márcio (90’)

FA / VR

"Social eliminado com honra"

Tocha 2-1 Social de Lamas (Taça de Portugal - 2ª Eliminatória)A equipa da Tocha que passou à segunda eliminatória da Taça de Portugal por falta de comparência dos Dragões Sandinense, teve que suar bastante dentro das quatro linhas para vencer a equipa do Social de Lamas e continuar em frente na prova. Os primeiros 15 minutos foram decisivos para as aspirações da equipa da casa. À passagem do minuto nove Paulo Soares com um potente remate do meio campo introduziu o esférico na baliza do guardião Tó e inaugurou o marcador.
O Tocha continuava a dominar a partida e passados quatro minutos, na sequência de uma excelente jogada pela esquerda do seu ataque, Gonçalo foi à linha de cabeceira, centrou para a área da equipa visitante e Luís Pimenta, bem colocado, com um remate bastante forte, fez o segundo golo da sua equipa.
A ganhar por duas bolas a zero a turma da casa passou a jogar com menos velocidade e as ocasiões de golo passaram a ser diminutas. A equipa visitante tentava reagir à diferença no marcador, mas raras vezes conseguiu chegar à baliza de João Cardoso, e quando o fazia era sem qualquer perigo eminente.
Nos segundos 45 minutos a equipa visitante entrou em campo com mais garra, mais dinamismo e mais agressividade ao jogo e, à passagem do minuto 55, numa jogada confusa dentro da área da turma da casa, Manú que havia entrado para o lugar de Patrick minutos antes, conseguiu introduzir o esférico dentro da baliza de João Cardoso, passando o resultado para 2-1.
Com este golo o Social de Lamas ainda tentou chegar ao empate e, à passagem do minuto 83, podia ter mesmo acontecido, não fosse o corte impecável de Paulo Soares sobre a linha de baliza a evitar o empate. Até final da partida a turma da casa controlou muito bem a possa de bola e conseguiu, com todo o mérito, passar à eliminatória seguinte da Taça de Portugal.
O trio de arbitragem podia ter efectuado um trabalho bastante mais positivo, mesmo assim pode-se considerar razoável.

Ficha de Jogo:

Tocha 2
- João Cardoso, Curto, Tiago, Rui Costa (cap), João Morais; Paulo Soares, Marco, Dani; Gonçalo, Luís Pimenta e Rafael.
Substituições: Dani por Zé Filipe (45m), Rui Costa por Moamede (74m) e Rafael por Vává (85m).
Suplentes não utilizados: Barroca, Fabrício, Nuno e Renato.
Treinador: António Cortesão.

Social de Lamas 1
- Tó, Xinoca, Hugo, Pedro (cap), Schwartz; João Pedro, Ricardo, Felipe; Zé Carlos, Oceano e Patrick.
Substituições: Felipe por Pedros (28m) e Patrick por Manú (52m).
Suplentes não utilizados: Careca, Bruno Ribeiro, Telmo, Celso e Nando.
Treinador: Zé Tó.

Jogo no Complexo Desportivo da Tocha.
Assistência cerca de 100 pessoas.
Arbitro: Ricardo Pinho (Aveiro).
Auxiliares: Eduardo Bastos e João Cabo.
Ao intervalo: 2-0.
Marcadores: Paulo Soares (9m), Luís Pimenta (13m) e Manú (55m).
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Pedros (20m); Rui Costa (45m); Patrick (52m); Tiago (56m) e Luís Pimenta (91m).

Manuel Romão

Foto: Arquivo VFM

23 setembro 2007

"Era uma vez um sonho..."

Ac.Viseu 1-3 Sp.Covilhã (Taça de Portugal - 2ª Eliminatória)O Académico de Viseu ficou pelo caminho, na segunda Eliminatória da Taça de Portugal. Perante um Sporting da Covilhã mais adulto e melhor organizado, os viseenses mostram-se inibidos e desconcentrados, o que lhes "valeu" uma péssima primeira parte, onde apenas por uma vez conseguiram chegar com perigo à área contrária.
Idalino de Almeida procedeu a algumas alterações, procurando dar oportunidade a jogadores que têm sido menos utilizados nos jogos para o Campeonato. Porém, as alterações não terão dado o efeito pretendido pelo técnico. Jogadores houve que "sentiram" demasiado o peso do jogo, passando ao lado do mesmo, em especial no meio campo.
E aqui residiu o problema. Com um meio campo que raramente conseguiu ser a primeira barreira para o adversário, a defesa, em especial os centrais, acabou por pagar as favas.
Aliás, parece-nos que é uma lacuna do plantel, e sem querermos imiscuir-nos nas opções do treinador academista, a falta de um jogador "mandão" a meio campo, do tipo "carregador de piano", como se dizia antigamente, que possa pegar na equipa e que liberte outros para a construção do jogo tem-se notado. Calico e outras vezes Zé Pedro têm sido os escolhidos e pese embora toda a sua abnegação e entrega, não são jogadores com as características que, parece-nos, a equipa necessita. Aliás, Idalino de Almeida já tinha dado a entender essa falta, sem se referir em concreto ao tipo de atleta que pretendia, quando há oito dias atrás dizia que faltava um jogador para essa posição. Depois, sem meio campo, o ataque acabou por se ressentir. Zé Bastos e Filipe Figueiredo, que regressou à titularidade e, ainda assim, em bom plano, foram presas fáceis para a defesa serrana, que quando pressionada, como aconteceu no golo, comete erros que não foram aproveitados.
Diga-se que a equipa serrana controlou grande parte da partida, em especial no primeiro tempo, período que, claramente, marcou a diferença.
No início do segundo tempo, com as entradas de Eduardo e Megane, o futebol academista mostrou mais organização e profundidade, com o golo de Filipe Figueiredo aos 51 minutos a animar as hostes, mas foi insuficiente para virar o rumo dos acontecimentos e o consequente afastamento da Taça. A formação de Vítor Cunha mostrou o que pretendia logo no primeiro minuto do encontro, ao criar duas excelentes ocasiões para inaugurar o marcador.

Académico encolhido e receoso

Perante um Académico encolhido e apático, a turma serrana chegou à vantagem aos 20 minutos, numa jogada simples. Pombo cruzou da esquerda, após boa combinação com Cordeiro, e Paulo Campos desviou para a baliza. Três minutos depois os visitantes ampliaram a vantagem, numa jogada idêntica, só que desenvolvida pelo corredor direito, com Cordeiro a empurrar para o golo ao segundo poste, redimindo-se do falhanço escandaloso no primeiro minuto do encontro, numa jogada em tudo idêntica.
Com o Covilhã a controlar o jogo, os donos da casa só por uma vez conseguiram chegar com algum perigo à área contrária, perto do intervalo, pelo que o resultado no final dos primeiros 45 minutos espelhava a produção das duas formações.
Insatisfeito com a produção da equipa, Idalino de Almeida deixou no balneário Lopes e Cardoso e lançou Megane e Eduardo, com o futebol academista a transfigurar-se. Logo a abrir a etapa complementar, e beneficiando de um erro da defesa visitante, Filipe Figueiredo reduziu a desvantagem, relançando a partida que era agora mais disputada e equilibrada.
No minuto seguinte, Zé Bastos queixou-se, tal como a massa adepta academista, de ter sido agarrado na área, com o juiz de Coimbra a mandar seguir o jogo. Pelo que se viu a seguir, parece que Nuno Roque trazia a lição bem estudada, porque a grande penalidade existiu e não assinalou algumas faltas claras a favor dos academistas.
Também no capítulo disciplinar foi condescendente com os visitantes, poupando-lhes alguns cartões. Adiantando, diríamos que fez uma arbitragem que já não víamos há algum tempo. Porque será?
Voltando ao jogo, os academistas detinham à passagem do primeiro quarto de hora da etapa final algum ascendente, tendo mesmo criado algumas ocasiões para empatar a partida.
Porém, a exclusão de Negrete, com segundo cartão amarelo, a seis minutos do final deitou por terra as aspirações dos viseenses, pois logo a seguir o Covilhã matou o jogo, com o terceiro golo.
Em resumo, diríamos que foi uma vitória justa da equipa mais madura, perante um Académico que entrou algo nervoso e desconcentrado, que nunca se recompôs totalmente.

Ficha de Jogo:

Ac. Viseu 1
- Sampaio, Caliço, Marcos, Negrete, Zé Teixeira, Zé Pedro, Álvaro, Lopes, Cardoso, Filipe Figueiredo e Zé Bastos
Substituições: Lopes por Eduardo (45m), Cardoso por Megane (45m) e Zé Pedro por Santos (80m)
Suplentes não utilizados: Manuel Fernandes, João Miguel, Márcio e Barra
Treinador: Idalino de Almeida

Sp. Covilhã 3
- Luís Miguel, Pombo, Cordeiro, Real, Djikine, Mohamed, Fabrizio, Paulo Campos, Dani, Vladimir e Paulo Gomes
Substituições: Pombo por David (45m), Djikine por Quelhas (51m) e Fabrizio por André (73M)
Suplentes não utilizados: Igor Araújo, João Martins e Edgar
Treinador: Vítor Cunha

Jogo no Estádio Municipal do Fontelo, em Viseu
Assistência: Cerca de 250 espectadores
Árbitro: Nuno Roque, do CA de Aveiro
Auxiliares: Nuno Pereira e Mário Gonçalves
Ao intervalo: 0-2
Marcadores: Paulo Campos (20m), Cordeiro (23m), Filipe Figueiredo (51m) e ANDRÉ85M)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Negrete (8 e 84m), Calico (29m), Quelhas (54m), Filipe Figueiredo (76m), Megane (78m) e Paulo Gomes (88m)
Cartão vermelho, por acumulação, para Negrete (84m)

José Luís Araújo (DV)

"Nelas personalizado fez o suficiente"

Nelas 4-0 Vigor da Mocidade (Taça de Portugal - 2ª Eliminatória)

Esta partida apresentava-se com favoritismo para a equipa da casa, não só porque milita no escalão maior dos campeonatos nacionais da Federação Portuguesa de Futebol mas, ainda, porque é considerada uma das favoritas à luta pela subida à Liga de Honra, a que acrescia o facto de ter pela frente um adversário que actua nos regionais da AF Coimbra. Só que o trauma que se apodera das equipas que são consideradas superiores e têm pela frente opositores que são chamados inferiores se agigantam nestes jogos da Taça, pairava no Municipal de Nelas.
A verdade é que os primeiros quinze minutos pertenceram por inteiro ao Vigor da Mocidade e, diga-se, pertenceram-lhe até os lances de maior perigo, tendo em lance de bola parada conseguido um golo, mas anulado pelo árbitro, já que o livre era indirecto e a bola entrou directamente na baliza sem que alguém lhe tocasse.
A turma de Tó Miranda mostrava assim as razões porque havia eliminado o Ginásio de Alcobaça em casa desta equipa.
Sem dúvida que foram quinze minutos de pressão sobre os locais. Só que estes entenderam que era a altura de apertar um pouco mais e imprimindo maior velocidade, acabaria por anular a superioridade contrária e passar a chegar com perigo à baliza de Pedro Silva.
E bastaram cinco minutos de futebol mais aberto para que o golo surgisse, com Tiago a concretizar um bom passe de um companheiro, não dando hipótese ao guardião forasteiro.
Reagiu o Vigor da Mocidade que voltou a pressionar o seu adversário, fazendo com que este tivesse de mostrar toda a sua atenção defensiva, incluindo o guarda-redes Armando. Contudo, num lance rápido, Ewerton conseguiu o segundo golo para a sua equipa. Só então os pupilos de Tó Miranda cederam um pouco e isso foi aproveitado pelos nelenses, que fizeram o terceiro com Rui Santos a arrancar um potente remate que se tornou imparável.
No reatamento, o calor marcou os jogadores. De facto, era evidente que "vigor" já não era coisa que os visitantes conseguissem ter, porque os pupilos de Mazola passaram a praticar um futebol mais rápido e mais largo. Os visitantes mexeram no seu xadrez, mas as forças continuaram a não ser as mesmas do primeiro tempo. Ao contrário, os donos da casa, conseguiram desgastar-se menos, utilizando a sua experiência. Desse modo, não admirou que o recém entrado Oliveira viesse a marcar o quarto golo da sua equipa à passagem da meia hora. Os forasteiros chegaram à conclusão de que não havia mais nada a fazer, passando então a jogar o jogo pelo jogo, à espera que este chegasse ao fim, sem que houvesse mais golos. A verdade é que até ao fim o Nelas poderia ter feito mais dois ou três, mas se tal tivesse acontecido seria também um castigo demasiado alto, já que o conjunto de Tó Miranda se mostrou generoso e nunca se remeteu a uma defesa porfiada para destruir. Antes pelo contrário, tentou dignificar o espectáculo e esse mérito ninguém lhe pode retirar. O trio de arbitragem, apesar de alguma contestação por banda do público local, em nosso entender esteve bem.

Ficha de Jogo:

Nelas 4
Armando; Bruno, Tiago, Carlos André e Rui Lage; Roque, Everton e Rui Santos; Saraiva, Gilmar e Diogo.
Substituições: Rui Lage por Oliveira (63`), Tiago por Magalhães (67´) e Rui Santos por Anésio (72´)
Suplentes não utilizados: Rui Vale, Paulinho e Ruan
Treinador: Mazola

Vigor da Mocidade 0
Pedro Silva; Saúlo, Luís Jorge, Carlos Gomes, e Alemão; André Correia, Ricardo Heleno e Ricardo Silva; Márcio, Hugo Amado e Ivo.
Substituições: Saúlo por Rafael (44´), Márcio por Sandro (45´) e Ricardo Silva por Fábio Oliveira (62´)
Suplentes não utilizados: Emanuel, Sabino e Tiago Sobreiro
Treinador: Tó Miranda

Jogo no Estádio Municipal de Nelas
Assistência: Cerca de 200 pessoas
Árbitro; João Roque (Portalegre)
Auxiliares: Carlos Alexandre e Luís Carrilho
Resultado ao intervalo: 3-0
Marcadores: Tiago (20´), Ewerton (37´), Rui Santos (43´) e Oliveira (70´)
Acção disciplinar: Cartão amarelo: Rui Lage (35´), Tiago (65´), Gilmar (67´) e Bruno (67´)

C. C.

"Penalva em frente"

Lousanense 0-1 Penalva (Taça de Portugal - 2ª Eliminatória)Apesar de pouco público - a assistência não ultrapassou as 250 pessoas - assistiu-se a um autêntico jogo de Taça de Portugal. Os visitantes entraram de maneira admirável, fazendo prever que iriam causar "estragos" na equipa da casa.
Isso, porém, não veio a acontecer, pois a partir dos 15 minutos, o jogo foi sempre equilibrado, com as formações a tentarem dar o seu melhor.
Perderam-se algumas oportunidades de marcar, quer pelo Lousanense quer pelo Penalva do Castelo, com a bola a ser atirada à "figura" do guarda-redes, ao lado ou para as nuvens.
O caso do jogo aconteceu aos 23 minutos quando Ricky, dentro da área visitante, se preparava para rematar e sofreu um autêntico "bofetão" por parte de Rogério, estatelando-se no relvado. O árbitro Ângelo Correia mandou o jogo seguir.
O único golo da partida foi obtido na sequência de um canto, por intermédio de Sérgio, que apareceu a cabecear para o fundo das redes dos anfitriões.
Há que distinguir dois nomes, dada a maneira primorosa e até muito desportiva como se entregaram à luta: Gonçalo, o guarda-redes local, e Sanussi, o avançado forasteiro.
O jogo não teve qualquer problema disciplinar e a arbitragem esteve em plano elevadíssimo.
O Penalva do Castelo garantiu assim com relativa tranquilidade a passagem à 3ª Eliminatória da "prova-rainha".


Ficha de Jogo:

Lousanense 0
Gonçalo, Mané, Comboio, Chalana, Lemos, João Paulo, David, Canita, Ricky, Armando e Bruno.
Substituições: Chalana por Leitão (59m), Lemos por Serginho (59m) e Canita por Pedro Pimpão (84m).
Suplentes não utilizados: Hélio, Nito, Barata e Quim.
Treinador: Arlindo Marcelino.

Penalva Castelo 1
Tó, Rogério, Tiago, Gamarra, Sérgio, Carvalhinho, Tó Jó, João Aurélio, Paulo Listra, Ruben e Sanussi.
Substituições: Gamarra por Belo (36m), João Aurélio por Alex (64m) e Carvalhinho por Leandro (85m).
Treinador: Carlos Agostinho.

Jogo no Estádio Dr. Pinto de Aguiar, na Lousã.
Árbitro: Ângelo Correia (Castelo Branco).
Auxiliares: Paulo Abrantes e Pedro Ribeiro.
Ao intervalo: 0-1.
Marcador: Sérgio (35m).
Acção disciplinar: cartão amarelo para Ricky (16m), João Aurélio (24m), Belo (77m) e Serginho (87m).

João Rodrigues (Diário de Coimbra)

"Agenda do Fim-de-Semana"

Taça de Portugal

2ª Eliminatória (Domingo, 15 horas):
Ac.Viseu 1-3 Sp.Covilhã
Tocha 2-1 Social Lamas
Nelas 4-0 "Vigor e Mocidade"
Lousanense 0-1 Penalva
Folga: Sátão

AF Viseu

Divisão de Honra (Domingo, 17 horas):
Sampedrense 1-1 Sp. Lamego
Lamelas 3-1 Moimenta da Beira
Santacombadense 1–0 Oliv.Frades
Canas de Senhorim 2-4 S. J. Pesqueira
Lusitano 3-1 Campia
Carvalhais 1-1 Paivense
Vouzelenses 1-4 Mangualde
GD Parada 0-3 Cinfães

2ª Divisão Distrital (Domingo, 17 horas):
Arguedeira - Lobanense
Silgueiros 3-1 CD Leomil
P. Lafões 2-0 Riodades
Farminhão 2-0 Caparrosa
S. Besteiros 0-1 GD Roriz
Vale de Madeiros 2-1 P. Gonta
Vilamaiorense 4-0 Lageosa Dão
Folga: Abraveses

Nacionais de Camadas Jovens

2ª Divisão de Juniores A – Série B (Sábado, 17 horas):
U. Coimbra 1-1 U. Lamas
Beira-Mar 1-2 Sanjoanense
Repesenses 0-2 Acad. Viseu
Estação 6-2 Arrifanense
Feirense 5-1 NDS Guarda
Tourizense 0-0 Oliveirense

Nacional de Juvenis – Série B (Domingo, 11 horas):
Feirense - Boavista
Académica - Leixões
Sp. Espinho - Moimenta Beira
Padroense - FC Porto
Pasteleira - Naval
Sanjoanense – Tourizense

Nacional de Iniciados – Série C (Domingo, 11 horas):
Sanjoanense - Oliveirense
Poiares - Beira-Mar
Taboeira 0-0 Acad. Viseu
Repesenses 7-0 Ol. Hospital
Desp. Guarda - Marialvas
U. Coimbra - Anadia

22 setembro 2007

"Vitória academista no derby"

Repesenses 0-2 Ac.Viseu (2ª Divisão Nacional de Juniores A - Série B)O Académico de Viseu acabou por justificar o triunfo sobre o seu rival, o Repesenses, porque foi mais sóbrio e conseguiu aproveitar melhor os erros do seu adversário. Sem dúvida que os pupilos de Paulo Chaves foram bem mais práticos e ambiciosos.
Os primeiros minutos foram de estudo mútuo. Depois disso, foi evidente, os academistas passaram a carregar mais na ofensiva. Após os locais terem tido um lance em que obrigaram Márcio a estar mais atento, mas com a bola a ser rematada por cima da barra da sua baliza, só aos 24 minutos voltou a haver perigo quando Pepe rematou e a bola embateu na quina do ângulo superior da baliza contrária.
Mas foi aos 28 minutos que os academistas desperdiçaram a melhor oportunidade do desafio até então, com Paulo a falhar, tendo pela frente a baliza de Peixoto toda escancarada e quando se encontrava a menos de três metros da mesma, rematando ao lado.
O Académico de Viseu passou a acreditar que podia sair do Estádio Montenegro Machado com os três pontos e continuou a carregar, falhando por mais duas vezes o golo de forma incrível, embora numa delas o mérito caiba todo a Peixoto que todo estirado conseguiu defender para canto. Aos 35 minutos Mikael fez um cruzamento com conta, peso e medida, com a bola a chegar a Paulo que endossou rápido para Correia que, driblando um defesa contrário, atirou a contar.
Estava feito o mais difícil. Ao contrário do que se esperava, foi o Académico que continuou a pressionar, mas seria Rochinha que, depois de se isolar, a permitir que Márcio fizesse a mancha e, assim, evitasse o golo.
Mesmo em cima do minuto 45, Telmo teve tudo para fazer o golo do empate, mas não foi capaz de aproveitar o deslize monumental da defesa academista. Atirou ao lado do poste mais distante de Márcio e dele próprio.
Quem não marca não pode ganhar.
No segundo tempo o espectáculo piorou. O terreno de jogo levantava ainda mais poeira e os jogadores queixavam-se disso. Foram dez minutos de mau futebol, mas aos 56 minutos o Repesenses quase beneficiava de um auto-golo, só que o alívio do defesa do Académico fez com que a bola saísse ao lado.
Na resposta, o Académico, numa jogada de lance de bola parada, voltou a marcar com César a antecipar-se a toda a gente e a bater, de cabeça, o guarda-redes Peixoto. Os pupilos de Rui Lage pareciam não ter soluções para ultrapassar a bem organizada defensiva academista e assim, o conjunto de Paulo Chaves foi controlando a movimentação contrária, geriu a vantagem e o tempo e, ainda, beneficiou do facto de nos últimos dez minutos os locais terem actuado com apenas 10 unidades por lesão de Paulito.
No global a vitória do Académico não sofre contestação, numa partida que foi arbitrada por Luís Ramos de forma bastante positiva.

Ficha de Jogo:
Repesenses 0
- Peixoto; Pepe, Bruno Loureiro, Telmo e Paulito; Fabien, João Soares e Rochinha; Miguel, Nelson e Santos
Substituições: Bruno Loureiro por Tiago Pereira (62´), Pepe por Barata (65´) e Nelson por Pedro Mendes (77`).
Suplentes não utilizados: André, Bruno Teixeira, Jorge e Miguel Ângelo
Treinador: Rui Lage
Ac. Viseu 2
Márcio; Ricardo, Simões, Nuno e Filipe; Aparício, Rafael e Mikael; César, Paulo e Correia
Substituições: Mikael por Daniel (66´), Correia por João Aguiar (66`) e Paulo por Marcelo (85´)
Suplentes não utilizados: Pimpão, José António e Nelson
Treinador: Paulo Chaves
Jogo no Estádio Montenegro Machado, em Repeses (Viseu)
Assistência: Cerca de 120 pessoas
Árbitro: Luís Ramos (AF Viseu)
Auxiliares: Duarte Pinheiro e Miguel Vieira
Resultado ao intervalo: 0-1
Marcadores: Correia (35´) e César (59´)
Acção disciplinar: Cartão amarelo para: Paulo (38´), Rafael (62´), Filipe (81´) e Fabiel (83´)
C. C.

21 setembro 2007

"Antevisão Divisão de Honra"

Começa no próximo domingo o escalão maior da AF Viseu, a Divisão de Honra. As emoções do futebol estão assim de volta aos palcos dos distritais e a competitividade promete ser muito grande esta época.
Cedo se começam também a perfilar os candidatos ao título. O Sporting Clube de Lamego, crónico nessa ambição, espera que seja este o ano da sua consagração e regresso aos nacionais, mas a concorrência é grande.
O CD Cinfães está também apostado em conseguir a promoção. De resto, a equipa de terras de Montemuro reforçou-se muito bem, tendo precisamente em vista o objectivo da subida.
Quem igualmente se perfila como candidato à primeira posição, é a “turma” dos pinguins, que este ano regressa à distrital. A Santacombadense, campeã em 2005/2006, desceu dos nacionais, e certamente o desejo reinante é de voltar a um lugar de maior prestígio para aquela filial do Belenenses.

Jogos “quentes” na 1ª Jornada

A primeira ronda do campeonato da Divisão de Honra apresenta dois ou três encontros “quentes”, onde a marca dominante é o facto de os grandes candidatos ao título jogarem praticamente todos fora de casa. A recepção da Sampedrense ao Sporting de Lamego promete apimentar a jornada, onde também a Santacombadense tem uma recepção complicada ao Oliveira de Frades, treinado por Carlos Pinto.
Por outro lado, o Cinfães servirá de “padrinho” na estreia do Parada. Um jogo que não deixa antever grandes facilidades para o Cinfães iniciar o campeonato como na época transacta, ou seja, com uma goleada.
Também o Mangualde tem vida muito difícil na ida até ao reduto do Vouzelenses. Quem pensar que o Vouzela, por ter estado à beira do fim, será um alvo fácil, desengane-se, pois a entrega de um dos maiores clubes lafonenses será a mesma de sempre.
Interessante de assistir será igualmente o encontro entre Canas de Senhorim e São João da Pesqueira, duas formações acabadas de chegar ao escalão maior e que tentam a manutenção.
O único representante da cidade de Viseu na Divisão de Honra, o Lusitano Futebol Clube de Vildemoinhos, recebe na primeira jornada a equipa treinada por Chalana, o Grupo Desportivo de Campia. Este será também o jogo de estreia de Silvério Gomes no comando da equipa técnica. Um aliciante que promete levar muito público ao histórico Estádio dos Trambelos.
Vítor Ramos

"Antevisão Taça de Portugal"

Das cinco equipas da região ainda em prova, apenas o Sátão, por capricho do sorteio, não vai actuar, pois saiu-lhe o prémio da isenção. As atenções desta 2.ª eliminatória ficam viradas para o jogo que se realiza no Fontelo e que vai envolver as equipas do Académico de Viseu e do Sporting da Covilhã.
O favoritismo, pela lógica, vai para os covilhanenses por militarem em escalão superior. Contudo, em termos de Taça de Portugal, a lógica não passa de uma batata, ou seja, não há vencedores antecipados, mesmo entre equipas de categoria diferente. Assim, os viseenses esperam que o Académico consiga afastar o Sporting da Covilhã. O ensaio do passado domingo, em que os academistas bateram o S. João de Ver por 3-0, deixa esperanças de que tal venha a acontecer.
Apesar de actuar fora de casa, a verdade é que o Social de Lamas pode muito bem regressar da Tocha com o bilhete de passagem à 3.ª eliminatória. São equipas que militam na 3.ª Divisão Nacional e, portanto, entram em campo com favoritismo dividido.
O Penalva do Castelo não vai ter tarefa fácil na Lousã, frente à equipa da casa. Mas a maior experiência dos penalvenses pode ser decisiva, pelo que acreditamos que voltem a casa com a passagem à 3.ª eliminatória garantida.
Teoricamente, o Nelas é favorito em casa, frente ao “distrital”, “Vigor e Mocidade”. Mas, e exemplos não faltam, às vezes é nestes jogos que acontecem as grandes surpresas, pelo que os nelenses devem impor o seu “vigor” para anular a “mocidade” visitante e, assim, não sofrerem o desgosto de serem tombados pelos seus adversários.

Refira-se que a eliminatória vai disputar-se, segundo comunicado de última hora, pelas 15 horas.

C.C.

20 setembro 2007

"Olhar Feminino III"

A nova regulamentação implementada este ano nos campeonatos da II e III Divisões Nacionais, segundo a qual os campeonatos são divididos em duas partes, poderá suscitar ainda algumas dúvidas aos amantes do futebol. Pelo menos eu, enquanto mera espectadora, não estou suficientemente esclarecida, em relação a esta novidade. Embora seja mulher, o que, “teoricamente”, me engloba no sexo que menos acompanha e conhece a modalidade, estou certa de que não serei a única com algumas imprecisões no que diz respeito a estas novas resoluções.
No entanto, no que me foi possível perceber, não estamos a falar de procedimentos muito complicados. Um pouco à semelhança do que acontece em outros desportos, como o Basquetebol e o Voleibol, o campeonato será dividido em duas fases. Numa primeira fase, que irá durar até Março, a competição decorrerá normalmente, jogando todos contra todos. Numa segunda fase, os 6 primeiros classificados lutam pela subida de divisão, enquanto que as restantes 8 equipas lutam pela permanência. Nesta fase as equipas partem com metade dos pontos conquistados até então. Em linhas simples é este o procedimento. Na próxima época as séries terão apenas 12 clubes, sendo que na segunda fase 6 lutam para subir e 6 para não descer, no famoso sistema “play-off”.
É uma novidade no futebol, que como todas as novidades vai trazer vantagens e desvantagens, obrigando a um período de adaptação. No meu ponto de vista, vai trazer competitividade e frescura aos campeonatos da II e III Divisões. Com a chegada da Primavera, as emoções futebolísticas irão ser renovadas com o início de um “novo campeonato”, onde as equipas terão sempre um objectivo a alcançar (permanência ou subida). Para os lados de Viseu, a cereja no topo do bolo seria que as seis equipas do distrito, a disputar os nacionais, pudessem discutir, na segunda fase, a subida de divisão.

A ver vamos!

Sónia Pereira

19 setembro 2007

No intuito de dar voz ao cidadão, o Vis Fut Magazine lança hoje uma nova rubrica semanal. Intitulada de "VoxPop", esta rubrica ouvirá, na rua, aquilo que os viseenses têm para dizer sobre o futebol, quer seja ele nacional, quer seja distrital. Porque é importante saber o que as pessoas pensam, vamos ao encontro delas, servindo esta rubrica de feedback para, eventualmente, os clubes se debruçarem também sobre questões levantadas pelos cidadãos.
Todas as semanas teremos um tema diferente, sendo que o de abertura tem necessariamente a ver com o arranque da Divisão de Honra 2007/2008.
Vamos ver o que os viseenses acham deste novo campeonato. Quem serão os candidatos? Quem andará com a corda na garganta?...
Albano Rodrigues: "O Lamego será campeão este ano. Não o foi no ano passado porque o Académico não deixou. Mas acho que não vai ser fácil pois tem lá outras equipas fortes, não sei quais, mas tem. Para descer acho que é o Lusitano. Falta o Joca".

António Sobral: "Bem. Não acompanho muito o campeonato, mas pelo que tenho lido o Cinfães, a par do Lamego serão os mais fortes. Acho que o Mangualde poderá petiscar qualquer coisa, mas não acredito muito (risos). Para descer... aí é que eu já não sei. Talvez o Vouzela que pelos vistos teve para acabar".

Maria dos Anjos: "Eu de futebol percebo pouco mas faço uma forcinha pelo Lusitano, que é da cidade, e pelo Viseu e Benfica. O Académico já não precisa de ajuda (risos). Adorava que o Lamego descesse. Armava-se o baile ao outro dia".

Rafael Domingos: "Claramente a Santacomba para subir. Depois de ter descido, acho que, pelo que também já fez há uns anos atrás, será o forte candidato. O Lamego terá de esperar mais uma vez (risos). Para descer talvez o Pesqueira, acho que eles subiram, portanto será dificil manterem-se".
E você? Quem acha que terminará no topo da tabela? Quem entende que terá mais dificuldades para se segurar no escalão maior da AF Viseu?

"VISBOLA - 5ª Jornada"

Está ao rubro a competição do Visbola.
A última jornada foi de extrema dificuldade para todos os participantes já que houve muitas surpresas nos jogos em causa.
As pontuações conseguidas não ultrapassaram, em média, os 10 pontos, o que demonstra bem a dificuldade que esta jornada trouxe para os inscritos no passatempo.
Assim, o mais pontuado foi José Cravo. Depois de se ter descuidado na última jornada e faltado à "convocatória", José Cravo reapareceu agora para ser o homem da jornada, com 13 pontos, o máximo alcançado. Contudo, a subida na classificação foi muito ligeira, apenas para o 8º lugar.
Com ascensão positiva está também o Pikas, que com os 10 pontos conseguidos está agora sólido na 5ª posição.
Na frente, duelo intenso entre quatro leitores. Visbet, Belinha, dragãomix e Vogan estão separados apenas por 7 pontos, portanto tudo pode mudar já na próxima jornada. Entretanto Visbet destronou Belinha, voltando assim à liderança isolada (apenas com mais 4 pontos).

Destaque ainda para a entrada de um novo participante. Guel apostou pela primeira vez e foi dos melhores da jornada. Os 11 pontos não lhe permitiram sair já da última posição, mas devagarinho poderá entrar rapidamente na luta pelos lugares cimeiros.

Consulte os resultados e classificação do Visbola na barra lateral à direita.

De seguida fique com os 10 jogos da 5ª Jornada, alguns são da Taça de Portugal, outros da Divisão de Honra que começa no próximo domingo.

Cartão de Jogos (5ª Jornada):
Nelas - Vigor da Mocidade
Tocha - Social de Lamas
Ac.Viseu - Sp.Covilhã
Lousanense - Penalva
Parada - Cinfães
Vouzela - Mangualde
Lusitano - Campia
Canas Senhorim - Pesqueira
Santacomba - Oliv.Frades
Sampedrense - Sp.Lamego

Quer inscrever-se no Visbola? Não sabe como? É fácil. Basta enviar um e-mail para visfutmagazine@hotmail.com com o nome que adopta para a competição e com a sua primeira aposta, já para a próxima jornada.

17 setembro 2007

"Vitória expressiva no regresso dos Dragões"

Tondela 3-0 D.Sandinenses (3ª Divisão Nacional - Série C)Porque só na quinta feira da semana passada, à noite, se teve conhecimento que este jogo se iria realizar, uma vez que a equipa de Gaia tinha faltado aos primeiros dois encontros, muitos adeptos do Clube Desportivo de Tondela acabaram por não ter conhecimento da sua realização, não comparecendo, como é óbvio, no Estádio João Cardoso, para apoiar a sua equipa.
Encarando o jogo com forte determinação, com vontade de fazer um bom resultado, ou perder por número diminuto de golos, a jovem equipa do Dragões Sandinenses tentou logo de início resguardar da melhor maneira possível o seu último reduto, sem contudo deixar de espreitar a ocasião de surpreender Augusto, num ou noutro deslize que o guardião tondelense cometesse, o que nunca veio a acontecer.
Como lhes competia, os donos da casa tomaram as rédeas das operações e à passagem dos 2 minutos tinham já conseguido duas ocasiões de perigo frente ao guardião Miguel. Face a esse assédio, aos 6 minutos, Mauro emenda de cabeça, com sucesso, um livre cobrado no flanco direito por Tchocomar, abrindo o activo, pensando-se que seria o início de uma goleada. As coisas não foram assim tão lineares, apesar das oportunidades criadas, mas mal finalizadas pelos tondelenses que não souberam aproveitar as brechas no sector defensivo dos forasteiros, pese o esforço que faziam para tapar o caminho às incursões dos locais.
Quando já se não contava com outro resultado na primeira parte, Deyvidson, aos 44 minutos, em plena área de rigor, cabeceia para o fundo das malhas fazendo o segundo golo da sua equipa, a dar o melhor seguimento a um pontapé de canto cobrado por Osvaldo.
A segunda metade trouxe ainda mais oportunidades falhadas pelos tondelenses, com Alex a claudicar logo aos 49 minutos e Osvaldo a seguir-lhe as pisadas.
O pleno domínio dos locais nunca esteve em causa mas a pecarem continuamente na finalização, após bonitos lances de troca de bola a confundirem o adversário, que raríssimas vezes se aventuravam a passar o meio campo. Após mais alguns falhanços, Osvaldo, aos 69 minutos, dá o melhor seguimento a um centro da direita, conseguindo o 3º golo da sua equipa e do encontro.
Até ao final, Osvaldo e Baciro poderiam ter aumentado a vantagem mas estava escrito que não era dia de boas concretizações.
Vitória sem qualquer contestação, pecando somente pela escassez de golos.Arbitragem aceitável.


Ficha de Jogo:


Tondela 3
Augusto; Filipe, Mauro, Deyvidson e Renaldo; Carlos Almeida, Carlos Miguel e Igor; Alex, Tchocomar e Osvaldo.
Substituições: Tchocomar por Steven (58´), Alex por Baciro (67´) e Igor por Jusko (73´)
Suplentes não utilizados: Mikael, Almiro, Botas e Ivo Maia
Treinador: Carlos Correia

D. Sandinenses 0
Miguel; Pedro Saúde, Costa, Fábio e Tiago; Mexicano, Ruben e Coelho; Fábio Gomes, Quinzinho e Celso.
Substituições: Tiago por Gil (44´), Celso por Rica (77´) e Ruben por Rui Miguel (87´)
Suplentes não utilizados: Berna, Dinis, Costa Curta e Helder
Treinador: Carlos Rocha

Jogo no Estádio João Cardoso, em Tondela
Assistência: Cerca de 150 espectadores
Árbitro: José Pedro Laranjeira (Coimbra)
Auxiliares: Pedro Nascimento e Luís Bastos
Resultado ao intervalo: 2-0
Marcadores: Mauro (6´), Deyvidson (44´) e Osvaldo (69´)
Acção disciplinar: Cartão amarelo: Renaldo (82´)

Amorim Lopes

Foto: Arquivo VFM

Consulte as classificações actualizadas na barra lateral à direita.